Beijing, 16 abr (Xinhua) -- Os chineses esperam ansiosamente pelo aplicativo nacional de navegação que deve estrear no próximo mês e melhorar significativamente a precisão da navegação dentro de um metro.

Muitos internautas expressaram a esperança de mudar do GPS para o sistema de navegação e posicionamento Beidou da China.

"Estou muito feliz em ver que os chineses estão dispostos a apoiar o Beidou", disse Xu Ying, especialista em navegação do Beidou na Academia de Optoeletrônica da Academia Chinesa de Ciências.

No entanto, ela observou que baixar o aplicativo para um smartphone não significa necessariamente que os chineses possam usar o sistema Beidou imediatamente.

"É o chip instalado no smartphone que determina qual sistema de navegação a ser usado. Se o seu celular não suporta o Beidou, nenhum aplicativo pode ajudar", disse Xu.

Muitos modelos de marcas de smartphones, como Huawei, Xiaomi, OnePlus, Meizu, HTC e Nubia suportam Beidou, e mais são esperados no futuro.

O projeto Beidou, que recebe seu nome do termo chinês para referir-se à constelação Ursa Maior, pretende competir com o GPS dos Estados Unidos, o GLONASS da Rússia e Galileo da União Europeia como um sistema alternativo de navegação por satélite mundial. O projeto foi formalmente lançado em 1994 e começou a servir a China em 2000 e a região da Ásia-Pacífico em 2012.

A China planeja enviar 18 satélites Beidou-3 ao espaço em 2018. O Beidou deverá cobrir os países do Cinturão e Rota até o final de 2018 e operar globalmente até ao redor de 2020 com uma constelação de mais de 30 satélites.

Nos últimos cinco anos, o sistema ajudou a resgatar mais de 10 mil pescadores. Mais de 40 mil navios de pesca e cerca de 4,8 milhões de veículos comerciais na China estão equipados com o Beidou, informou o porta-voz da operadora Beidou, Ran Chengqi.

A China vendeu mais de 50 milhões de chips nacionalmente fabricados e conectados ao sistema de navegação e posicionamento Beidou nos últimos cinco anos.

Em 2020, o valor do negócio de navegação por satélite da China deverá ultrapassar os 400 bilhões de yuans (US$ 58 bilhões), dos quais entre 240 bilhões e 320 bilhões de yuans vão para o sistema Beidou, disse Ran.