Caminhando para o final da tarde, decidimos explorar um pouco as imediações do templo, onde pude testemunhar os esforços da cidade por preservar o vasto legado histórico que carrega. Vários edifícios faraónicos a replicar a arquitetura tradicional chinesa erguem-se imponentes nas margens de longas avenidas, decoradas com estátuas de imperadores e demais figuras ilustres, predominantemente associadas à dinastia Tang.
A cada passo sou confrontado por artistas de rua que cantam temas populares e silhuetas femininas que percorrem as ruas com trajes de uma China anacrónica. Museus, teatros e instituições de caráter cultural são uma constante, tal como os vários nomes de restaurantes e cafés multinacionais que brotam a cada esquina. Xi’an, outrora um dos eixos principais da Rota da Seda não deixa créditos por mãos alheias, apresentando uma faceta cosmopolita e internacional nas suas artérias centrais.
O primeiro dia termina em Xiaozhai, no shopping “Saga”. Consta que ali se encontram restaurantes especializados num dos petiscos locais, o frango “hulu”. E que petisco! A receita local consiste em duas fases de preparo: primeiro, o frango é cozido a vapor e, de seguida, passado levemente pela fritura. O resultado final, acompanhado de uma mistura secreta de especiarias, revelou-se naquele que, na minha opinião, foi o expoente máximo gastronómico de toda a aventura. Recomendado!
Na segunda parte irei abordar a visita à muralha da cidade, à torre do sino e ao labiríntico quarteirão da etnia hui.