Trump: Secretário do Tesouro visitará China para negociações comerciais em breve

Fonte: Diário do Povo Online    25.04.2018 09h42

O presidente dos EUA, Donald Trump (R) e o presidente francês, Emmanuel Macron, participam de uma coletiva de imprensa conjunta na Casa Branca, em Washington D.C., a 24 de abril de 2018.

WASHINGTON, 25 de abr (Diário do Povo Online) - O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na terça-feira que o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, visitarão a China em breve para negociações comerciais.

"Eles (autoridades chinesas) vieram aqui, como sabem, na semana passada. E estamos realizando discussões muito importantes sobre o comércio", informou Trump, referindo-se às discussões bilaterais de comércio à margem das reuniões da primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, concluídas na semana passada.

Durante as reuniões, Christine Lagarde, diretora administrativa do FMI, e outros líderes financeiros de todo o mundo apelaram aos Estados Unidos e à China que resolvam as tensões comerciais através do diálogo e instituições multilaterais baseadas em regras.

As declarações de Trump seguem a afirmação de Mnuchin, que disse no sábado que estava considerando uma viagem a Beijing para discutir questões comerciais com os homólogos chineses.

"A China foi informada que o lado norte-americano iria visitar Beijing para consultas sobre questões econômicas e comerciais, algo que acolhemos de bom grado", disse o porta-voz da chancelaria chinesa, Lu Kang, na terça-feira.

"Quero enfatizar que os laços econômicos entre a China e os EUA são mutuamente benéficos por natureza e há muito vêm proporcionando benefícios tangíveis para as comunidades empresariais e consumidores de ambos os países", disse Lu.

A administração Trump ameaçou recentemente impor tarifas até 150 bilhões de dólares nas importações chinesas, tendo a China prometido retaliar caso a administração Trump avançasse com tal medida.

"Esses problemas podem ser resolvidos através de consultas bilaterais ou dentro de uma estrutura multilateral comumente reconhecida. No entanto, eles nunca poderão ser resolvidos por meios unilaterais", reforçou o porta-voz chinês.

O unilateralismo e o protecionismo comercial prejudicarão inevitavelmente outros, já que a economia global está profundamente integrada, afirmou na Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, na semana passada.

Citando um relatório da Brookings Institution, Hua disse que uma guerra comercial EUA-China resultaria em uma perda de mais de 2,1 milhões de empregos em 2.700 municípios dos EUA. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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