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Diário de uma viagem no tempo: Xi’an, a capital ancestral da China (II) (3)

Fonte: Diário do Povo Online    26.04.2018 15h35
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Enquanto uma das paragens da antiga Rota da Seda, nesta cidade disseminaram-se culturas, tecnologias, gastronomias, religiões, entre outros. A realidade sociocultural da Xi’an dos dias de hoje é um espelho dessa pluralidade, e o bairro da etnia hui — uma minoria étnica chinesa ali estabelecida, praticante da fé muçulmana — um dos expoentes desta panóplia humana.

O bairro é talvez o grande motivo pelo qual Xi’an se tornara um destino de peregrinação dos “chihuo” – uma tribo da China contemporânea que endeusa o prazer elementar de comer — de toda a China, dos quais eu, desde que assentei arraiais neste país, me tornei neófito. A cidade assume o protagonismo de uma das grandes mecas gastronómicas chinesas, onde imperam receitas derivadas do trigo, o alimento predominante na cozinha do norte, em contraponto com o arroz, no sul.

Sendo este um local turístico de eleição, em pleno período nacional de férias, o inevitável confirmou-se, à semelhança do episódio do museu.

Um dilúvio de pessoas inundava o espaço relativamente exíguo da artéria principal do bairro. Enquanto me debatia para me esgueirar paulatinamente por entre a multidão, todo um fenómeno se desenrolava em meu redor.


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