O Quênia assinalou na quinta-feira o primeiro aniversário do lançamento do serviço de trem de passageiros em caminho-de-ferro de bitola padrão (SGR, na sigla inglesa), após um ano sem incidentes, com uma legião de passageiros regulares, empreendedores e turistas.
Oficiais do governo queniano, diplomatas chineses e executivos da empreiteira do SGR, a China Communications Construction Company (CCCC), participaram da ocasião comemorativa de um ano de viagens do trem, também conhecido por “Madaraka Express”.
De acordo com James Macharia, o secretário do Quênia para os Transportes e Infraestrutura, o trem SGR revolucionou, ao longo do último ano, as deslocações da população, de bens e serviços no país.
“Desde a sua concetualização, o Madaraka Express sempre teve a preocupação de reduzir os custos de transporte e de se tornar mais acessível, conveniente e confiável para os quenianos viajarem em negócios e lazer”, disse Macharia durante um discurso, fazendo referência ao diretor-geral da Corporação de Caminhos de Ferro do Quênia, Atanas Maina.
O Presidente Uhuru Kenyatta lançou a 31 de maio de 2017 o serviço de trens suburbanos SGR ao longo de 480km entre a capital Nairobi e a cidade portuária de Mombasa.
A Corporação de Estradas e Pontes da China(CRBC, na sigla inglesa) implementou o megaprojeto infraestrutural, sendo este considerado como um dos primeiros no âmbito da iniciativa “Cinturão e Rota”.
Macharia referiu que o Madaraka Express, que até há data já transportou 1,3 milhão de passageiros, garantiu enormes benefícios a diversos setores críticos da economia, como o são o manufatureiro e turístico, além de incrementar as transferências tecnológicas.
O período de operações do SGR permitiu a formação de 1,600 quadros especializados em operações ferroviárias, segundo Chen Yun, vice-presidente da CCCC.
O Expresso Madaraka realiza atualmente duas viagens diárias em dois sentidos entre Nairobi e Mombasa, apresentando uma taxa de ocupação de 95%, e reduzindo em metade o tempo despendido para interligar as cidades de primeiro e segundo escalão do país.
Atanas Maina, director da Corporação de Caminhos de Ferro do Quênia, referiu, por fim, que o Expresso Madaraka tem operado sem grandes entraves graças à introdução de plataformas de reserva online e do melhoramento das vias de acesso às estações principais.