Windhoek, 15 jun (Xinhua) -- Profissionais de saúde da Namíbia e de Angola se reúnem esta semana em Nkurenkuru, na região de Kavango, na Namíbia, para elaborar conjuntamente estratégias colaborativas de eliminação de malária entre fronteiras.
Mwalengwa Nghipumbwa, oficial nacional de monitoramento e avaliação da malária do Ministério da Saúde e Previdência Social, disse na quarta-feira que o objetivo é fortalecer a capacidade dos países de combater a malária, predominante em áreas próximas às fronteiras.
Estatísticas do Ministério da Saúde e Previdência Social mostram que a Namíbia registrou 24.000 casos de malária entre janeiro e maio deste ano.
Destes casos, 77% foram registrados nas regiões leste e oeste do Kavango. A maioria dos casos registrados na região também foi rastreada para Angola.
De acordo com Nghipumbwa, as estratégias, que serão replicadas através das fronteiras, incluirão a pulverização dos criadouros dos mosquitos, campanhas de conscientização sobre os sintomas da malária, bem como a defesa da limpeza do meio ambiente.
"Nosso foco é eliminar 70% de onde nossos casos estão vindo. Se conseguirmos isso, prevemos que os casos nacionais de malária serão reduzidos drasticamente", disse ela na quarta-feira.
Nesse ínterim, Timea Ngwira, diretora de Saúde das regiões Leste e Oeste do Kavango, acrescentou que os profissionais de saúde também estão procurando prescrever medicamentos similares através das fronteiras no tratamento da malária.
"É por isso que precisamos fortalecer as iniciativas transnacionais. Isso é para assegurar que nossos esforços sejam uniformes e complementares. Mesmo com tratamento, precisamos consolidar nossos planos", disse ela.
De acordo com Ngwira, isto é mais crítico, dado que as pessoas na província do Cuando Cubango, no sul de Angola, procuram e usam os serviços médicos nas regiões do leste e oeste do kavango.