Beijing ficou em primeiro lugar em um inquérito do ambiente de negócios de 22 cidades chinesas, seguida por Shanghai, na segunda posição.

O ranking foi anunciado durante uma conferência de promoção de negócios levada a cabo em Beijing, a 27 de agosto.

De acordo com o organizador da conferência, um bom ambiente de negócios deve ser capaz de representar o soft power de uma cidade.

“A otimização do ambiente de negócios consiste na liberalização da produtividade e incremento da competitividade”, afirma Lin Nianxiu, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR). Ele enfatizou que durante a primeira metade deste ano, a CNDR, juntamente com os restantes departamentos relevantes, criaram um índice para averiguar o ambiente de negócios de uma cidade com base na experiência internacional.

O sistema de avaliação consiste em três indicadores: o ciclo de vida das empresas, a atratividade de investimento na cidade, e o desenvolvimento de alta qualidade a ocorrer na cidade. A primeira pesquisa teve lugar em 22 cidades, incluindo Beijing, Tianjin, Shanghai, Shenzhen, Chongqing, Nanjing, Chengdu, Xiamen, Hangzhou, e Suzhou.

De acordo com as avaliações, Beijing conseguiu grandes avanços nas suas reformas de startups e na atribuição de licenças de construção, ambas resultados das políticas “9+N”. Beijing conseguiu o primeiro lugar nos dois índices do ciclo de vida das empresas e atratividade de investimentos, além de conseguir também ficar situada no topo das cidades no terceiro índice de desenvolvimento da qualidade de vida.

Enquanto isso, Shanghai conseguiu também um progresso notável no que concerne ao registro de propriedades, comércio transfronteiriço e proteção de pequenos investidores.

Beijing destaca-se entre a competição, nomeadamente de outros centros econômicos tradicionais como Shanghai ou Shenzhen, bem como outras cidades que têm vindo a crescer rapidamente nos últimos anos.

Este é o resultado de seguir uma série de medidas significativas no ano passado. Em setembro de 2017, Beijing começou a implementar uma lista de 26 reformas e 136 políticas para melhorar o seu ambiente de negócios, das quais 88 entraram já em vigor. Em 18 de março, inspirado pelo relatório “Fazer Negócios” do Banco Mundial, Beijing emitiu outro lote de políticas denominadas “9+N”, já anteriormente referidas, visando melhorar ainda mais o ambiente de negócios local.

Estas medidas, de acordo com os seus criadores, destinaram-se especificamente a empresas e residentes, fazendo uma migração de um processo de tomada de decisões “centrado no governo” para um processo “centrado nas empresas” e “centrado nas pessoas”.

Além disso, Beijing destacou ainda 10 equipes de supervisão lideradas pelo prefeito local e seus auxiliares. As equipes têm a cargo a avaliação regular da implementação de políticas. Enquanto isso, foram também recrutadas organizações independentes para levar a cabo inquéritos.

“O melhoramento do ambiente de negócios é um passo importante para o governo de Beijing atingir um desenvolvimento de maior qualidade. Serão garantidos mais serviços públicos às empresas e aos residentes locais”, disse um oficial da Comissão Municipal de Desenvolvimento e Reforma de Beijing.