Cooperação comercial e econômica entre China e EUA é relação de ganho mútuo e não jogo de soma zero, diz livro branco

Fonte: Xinhua    25.09.2018 08h47

Beijing, 25 set (Xinhua) -- As relações econômicas e comerciais se desenvolveram estavelmente desde o estabelecimento dos laços diplomáticos entre a China e os Estados Unidos, com resultados frutíferos alcançados em comércio e investimento, disse um livro branco divulgado na segunda-feira pelo governo chinês.

"A cooperação serve aos interesses dos dois lados e o conflito apenas prejudicará ambos... A cooperação comercial e econômica China-EUA é uma relação de ganhos recíprocos e não é, de nenhuma forma, um jogo de soma zero," disse o livro branco intitulado "Os Fatos e a Posição da China sobre a Fricção Comercial China-EUA".

A China e os EUA são importantes parceiros um do outro no comércio bidirecional de mercadorias que tem crescido rapidamente, disse.

Estatísticas chinesas mostram que o comércio de bens entre a China e os EUA em 2017 totalizou US$ 583,7 bilhões, uma alta de 233 vezes desde 1979 quando os dois países estabeleceram laços diplomáticos, assim como um aumento de sete vezes desde 2001 quando a China entrou na Organização Mundial do Comércio. Atualmente, os EUA são o maior mercado de exportação e sexta maior fonte de importações da China enquanto a China é o mercado de exportação crescente mais rápido para bens dos EUA e a maior fonte de importações dos EUA.

O comércio bilateral entre os dois países tem uma forte complementaridade. Os EUA estão na gama média e alta da cadeia de valor global e exportam bens de capital e bens intermediários para a China. Ficando na gama baixa e médica da cadeia de valor global, a China exporta principalmente bens de consumo e produtos acabados para os EUA. Os dois países desempenham suas forças comparativas e o comércio bilateral é altamente complementar, disse o livro branco.

"Para a maior parte dos produtos de alta tecnologia que a China exporta para os EUA, o processamento intensivo em trabalho acontece apenas na China, envolvendo a importação em grande escala de importantes componentes e produtos intermediários assim como a transferência internacional de valor," disse o documento.

A China e os EUA desenvolveram rapidamente seu comércio bilateral em serviços, segundo o livro branco.

Segundo estatística dos EUA, o comércio bilateral em serviços aumentou de US$ 24,94 bilhões em 2007 para US$ 75,05 bilhões em 2017.

Estatísticas do Ministério do Comércio da China (MOFCOM, na sigla em inglês) mostram que os EUA eram segundo maior parceiro comercial de serviços da China. Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, a China é o terceiro maior mercado para as exportações de serviços dos EUA. Os EUA são a maior fonte de déficit da China no comércio de serviços. O déficit comercial da China com os EUA em turismo continua a aumentar enquanto o pagamento da China para o uso de propriedade intelectual dos EUA continua a crescer.

Os dois países também são importantes parceiros de investimento, disse o livro branco. Segundo o MOFCOM, até o final de 2017, existiam aproximadamente 68 mil empresas dos EUA na China com mais de US$ 83 bilhões em investimento atualizado. O investimento direto das empresas chinesas nos EUA aumentou de US$ 65 milhões em 2003 para US$ 16,98 bilhões em 2016. Até o final de 2017, a ação do investimento direto chinês nos EUA totalizou aproximadamente US$ 67 bilhões.

A China e os EUA se beneficiaram notavelmente da cooperação comercial e econômica. "A cooperação comercial e econômica China-EUA promoveu o desenvolvimento econômico na China e melhorou o bem-estar econômico," disse.

"Ao mesmo tempo, os EUA ganharam acesso a uma ampla variedade de oportunidades comerciais como investimento transfronteiriço e entrada no mercado chinês, que desempenharam uma grande parte no crescimento econômico, melhora do bem-estar dos consumidores e aprimoramento da estrutura econômica dos EUA."

No geral, a cooperação comercial e econômica entre China e os EUA é uma relação de ganhos recíprocos e não é, de nenhum modo, um jogo de soma zero, trazendo benefícios concretos para as companhias dos EUA e seu povo, disse o livro branco.

"Alguns americanos dizem que os EUA estão 'perdendo' nesta relação, uma reivindicação que não se sustenta se feito um exame detalhado," disse.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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