Comércio eletrônico transfronteiriço dispara na nova era digital

Fonte: Diário do Povo Online    05.11.2018 15h16

BEIJING, 5 de nov (Diário do Povo Online) - O dia 11 de novembro, também conhecido como dia dos solteiros, assinala o festival de vendas online concetualizado pelo grupo Alibaba, e mal posso esperar para ver os resultados da edição deste ano.

Estou certa de uma coisa. No segundo domingo de novembro, os consumidores chineses irão tentar obter produtos de marcas estrangeiras como se não houvesse amanhã.

Websites de comércio eletrônico como o Taobao, Tmall, JD e Amazon vão mover todos os esforços no sentido de tornar o 11/11 um evento verdadeiramente global.

E vão fazê-lo por um bom motivo. O comércio eletrônico transfronteiriço da China tem vindo a crescer rapidamente nos últimos anos. No ano passado, esse crescimento atingiu a marca dos 23.5%, alcançando os 6.3 trilhões de yuans, de acordo com a iiMedia Research, uma consultora de mercado chinesa.

A eMarketer, uma outra empresa de pesquisa de mercado, estima que até 2020, um quarto da população chinesa, mais de metade dos consumidores digitais da China, irá fazer compras de produtos estrangeiros, quer através da compra direta em websites estrangeiros, ou através de fornecedores terceiros desses produtos.

A razão deste crescimento é simples: os consumidores chineses de renda média têm vindo a comprar produtos de qualidade cada vez mais diversificados e personalizados, provenientes do estrangeiro.

Muitos dos comerciantes online procuram atrair os consumidores com uma variedade de produtos de elevada qualidade provenientes do exterior.

Embora não me considere uma utilizadora permanente, costumo vasculhar a Red, conhecida em chinês como “Xiaohongshu”, uma startup de comércio eletrônico de Shanghai que oferece conselhos para compras no exterior.

Só de vasculhar um pouco, consigo obter informações úteis sobre as últimas tendências da moda e das compras. Isso ajuda-me quando vou procurar produtos estrangeiros.

A Red publica dicas e recomendações para compras no exterior. Eu costumo ler, mesmo quando não tenho planos para viajar ao estrangeiro.

A empresa Red foi criada em 2013, com o mote de conectar os consumidores chineses com varejistas estrangeiros. A empresa permitiu a criação de uma comunidade onde a confiança e a partilha são um lema.

A empresa que entretanto firmou parcerias com a Cosme, o maior portal online de cosméticos do Japão, e a Kirindo, a maior cadeia de farmácias no país vizinho.

Cerca de 80% dos seus utilizadores têm menos de 30 anos. E 90% são mulheres com educação universitária que privilegiam de um estilo de vida pautado por produtos e serviços de qualidade.

Além da Red, a gigante norte-americana Amazon está atraindo um número cada vez maior de compradores chineses para a aquisição de produtos externos. A Amazon Global Store abrange destinos de topo de consumidores chineses, incluindo os EUA, Reino Unido, Japão e Alemanha.

Os produtos com maiores vendas da Amazon pertencem a marcas como Nike (esportes), Godiva (chocolates), Lego e Rimowa (bagagem).

A Ymatou, outra empresa sediada em Shanghai, disponibiliza um serviço mais diversificado de compras transfronteiriças. A empresa recomenda produtos de qualidade com preços mais competitivos aos consumidores, recorrendo a tecnologia de big data e à análise das vendas de commodities, fama e influência das marcas e informação de preços.

É indiscutível que a demanda de marcas internacionais está crescendo rapidamente na China, graças ao comércio transfronteiriço online, o qual se assume como uma das tendências com crescimento mais rápido no comércio eletrônico.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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