O ex-presidente do Brasil, Michel Temer deve ser libertado da prisão junto com sete de seus colaboradores na segunda-feira, após ter sido detido em vista das acusações de corrupção.
O vice-presidente eleito, o ex-ministro de Minas e Energia, Moreira Franco e outros seis detidos, foram liberados pelo juiz federal, Antônio Ivan Athie, após receber um pedido de habeas corpus, pela equipe de defesa do ex-presidente.
Athie afirmou que "com a análise do caso, não constatei uma justificativa para postergar a decisão por mais dois dias. ”
Athie disse que ele não está empenhado em atrasar as investigações da Lava Jato, e afirmou que os suspeitos têm o direito garantido na Constituição de aguardar o julgamento em liberdade.
A prisão preventiva no Brasil é realizada no intuito de evitar que crimes continuem sendo cometidos, bem como a destruição de provas, adulteração de provas, ou sumiço de testemunhas.
Investigadores haviam declarado que Temer continuava cometendo suborno, mas Athie afirma não ter provas. E por isso a prisão preventiva de Temer não era necessária.
Temer foi detido na quinta-feira, 80 dias após ter saído da presidência sob a acusação de suborno de uma empresa de Eletronuclear, que tinha acordo com o governo para a usina Angra 3. Temer permaneceu em silêncio no interrogatório que ocorreu na sexta-feira.
Preso em São Paulo e transferido para o Rio de Janeiro, o ex-presidente havia sido detido na sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro.
Temer é o segundo ex-presidente a ser preso com as operações da Lava Jato. Luiz Inácio Lula da Silva atualmente cumpre pena de 12 anos e um mês por corrupção.
Michel Temer assumiu a presidência em agosto de 2016 após o impeachment de Dilma Rousseff, e como seu vice-presidente, era o próximo a assumir o poder.Em 1º de janeiro, passou o cargo por eleições diretas a Jair Bolsonaro.