Wei Shaolan, submetida à escravidão sexual na Segunda Guerra Mundial, morreu no domingo aos 99 anos de idade. Wei é uma das milhares de mulheres cuja atividade era eufemisticamente designada pelo exército japonês como “mulheres de conforto”.
Wei, a única chinesa vítima de escravidão sexual a admitir publicamente dar luz um filho de descendência japonesa, morreu às 13h20 de domingo, na cidade de Guilin, na Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi, sudoeste da China.
Wei foi capturada pelos soldados japoneses no inverno de 1944 juntamente com a filha, e colocada em um bordel militar.
Escapou três meses depois, mas sua filha viria a morrer pouco depois da captura.
Durante este período engravidou e, em 1945, deu à luz um filho de descendência japonesa, vivo ainda hoje.
Segundo uma pesquisa, mais de 400 mil mulheres na Ásia foram forçadas a servir as tropas japonesas como “mulheres de conforto” durante a Guerra Mundial II, metade das quais foram chinesas.