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Aprendizagem mútua entre civilizações promove harmonia, paz e prosperidade

Fonte: Diário do Povo Online    14.05.2019 15h37
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Na véspera da participação na Conferência sobre o Diálogo de Civilizações Asiáticas, a presidente singaporense Halimah Yacob concedeu uma entrevista exclusiva com o Diário do Povo.

 “A Conferência sobre o Diálogo de Civilizações Asiáticas providencia oportunidades para líderes e oficiais governamentais, organizações internacionais relevantes e representantes do foro cultural levarem a cabo o intercâmbio de experiências e pontos de vista. Serão explorados conjuntamente métodos de criar uma sociedade diversa e harmoniosa. A civilização promove a harmonia, a paz e a prosperidade”, afirma. Yacob lembra que os intercâmbios culturais têm vindo a decorrer na Ásia por um período prolongado de tempo.

Com o processo de globalização, o intercâmbio cultural expandiu-se desde a Ásia para o resto do mundo, criando mais oportunidades para troca de experiências e partilha de conhecimento, em prol do desenvolvimento e da inovação globais.

As mudanças levaram a que as pessoas se inspirassem umas às outras na ciência, tecnologia e ideias, e promovessem o comércio e investimento internacionais, bem como o entendimento entre nações. Apesar das grandes dificuldades entre a cultura e as normas sociais, podemos ainda nos entendermos uns aos outros, cooperar, viver em paz e garantir benefícios para todas as partes.

No que diz respeito à cultura chinesa, Yacob lembra: “A nação chinesa deu grandes contributos para a humanidade desde os tempos antigos. Destacam-se as quatro grandes invenções dos chineses: a bússola, o papel, a imprensa e a pólvora. Durante a dinastia Tang, a capital Chang’an era uma metrópole”. Os povos de, e para lá da Ásia Central contribuíram com vários bens preciosos e raros para o comércio. Por outro lado, após vários séculos, a filosofia e ideias chinesas foram também difundidas para o exterior, especialmente na Ásia Oriental, se fundindo na evolução dos hábitos e costumes locais. A evolução do confucionismo em diferentes sociedades asiáticas ilustra este processo. Espero que continuem a existir tais interações ao longo da Ásia no sentido de promover a apreciação da sua diversidade. Isso irá enriquecer a nossa herança cultural.”

Singapura é uma sociedade multiétnica. Yacob afirmou: “Desde a fundação de Singapura, a etnia, língua e religião sempre foram questões elementares no país. Os nossos antepassados acreditaram que uma sociedade multirracial e multirreligiosa deveria ser edificada e que tal visão poderia ser criada. A incorporação destes pressupostos na nossa constituição visa estabelecer uma comunidade singapurense na qual os grupos étnicos são unidos e que sejam garantidas oportunidades justas para todos os cidadãos, de modo que estes possam garantir suas apirações e melhorar suas vidas”.


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