O caça de quinta geração da China, modelo FC-31, demonstrou os seus mais recentes melhoramentos no Show Aéreo de Paris, tendo os analistas reparado na quarta-feira que o modelo apresentado dispõe de alterações substanciais no design, as quais poderão melhorar significativamente a sua capacidade.
A Corporação de Indústria Aeronáutica da China (AVIC, na sigla inglesa) enviou um FC-31 para o stand da empresa no 53º Show Aéreo de Paris, o qual irá decorrer entre segunda-feira e domingo.
OS analistas militares chineses e a imprensa comentaram que o modelo em exibição parece ter sido submetido a várias alterações em comparação com os designs anteriores.
A área atrás do cockpit e os compartimentos onde os dois motores estão inseridos são agora mais volumosos, segundo foi referido na rábula militar Weihutang, da Televisão Central da China, na quarta-feira.
A aerodinâmica otimizada reduz ainda mais a resistência ao vento, segundo o relatório.
Wang Ya’nan, editor chefe da revista Aerospace Knowledge, disse ao Global Times na quarta-feira que estas mudanças poderão significar que a aeronave se tornou mais ágil e é capaz de carregar mais combustível, o que lhe dará uma maior capacidade operacional.
Ela poderá também carregar equipamentos eletrônicos adicionais para comunicação ou ligação via satélite, acrescentou Wang.
A nova versão do FC-31 poderá até incluir um novo par de motores, segundo a Ordnance Industry Science Technology, um periódico de Xi’an dedicado à indústria de defesa nacional.
As tubeiras dos motores do modelo apresentado em Paris foram também muito diferentes na sua estrutura e formato face às congêneres anteriores, segundo o periódico. Tal deverá permitir que o caça se torne mais competitivo no mercado internacional, conferindo-lhe uma maior chance de se juntar ao Exército de Libertação do Povo, caso consiga motores novos e mais poderosos.
“Para os países que pretendam comprar um caça invisível, o FC-31 é semelhante ao F-35 norte-americano, mas bastante mais barato, e a China não impõe condições políticas à venda de armas, como os EUA”, concluiu Wang.