Por Su Xiaohui
Sob convite do primeiro-ministro Shinzo Abe, o presidente Xi Jinping irá participar na 14ª cúpula dos líderes do G20 em Osaka, no Japão, entre os dias 27 e 29 do corrente. Xi Jinping participou na cúpula por 7 vezes consecutivas, contribuindo para comunicar a visão da China para o desenvolvimento e crescimento da economia mundial.
Durante um momento crítico, é preciso precisão na abordagem aos problemas. Em 2016, a China organizou a cúpula do G20 de Hangzhou. A economia mundial atravessa o estado mais complexo e desafiante depois da crise financeira global de 2008. O presidente Xi Jinping proferiu um importante discurso no evento, tendo analizado os motores do desenvolvimento econômico global e elencado fatores importantes, como o período de transição ao qual a economia foi submetida, atravessando um período de recuperação lenta. Atualmente, o unilateralismo e o protecionismo têm comprometido de modo gravoso a ordem econômica internacional, e os riscos e incertezas que se abatem sobre esta aumentaram demarcadamente. A comunidade internacional anseia que a China seja capaz de descobrir a raiz do problema e prescrever soluções para os dilemas atuais.
Mediante esta situação, um consenso foi alcançado. A China acredita que o espírito de cooperação de benefício mútuo é o capital mais valioso do G20, sendo uma escolha inevitável para todos os países em resposta aos desafios globais. Os membros do G20 enfrentam diferentes ambientes internos e externos, assim como diferentes orientações de políticas, existindo, inevitavelmente, diferentes pontos de vista relativamente a algumas questões. Posto isto, é necessário encontrar o maior denominador comum para as posições de todas as partes, e expandir o ponto de convergência dos interesses de todos. O presidente Xi Jinping apelou aos membros para se reunirem e reforçarem a cooperação, em prol da confiança da comunidade internacional na instituição do G20. A China é favorável à construção de uma comunidade de destino comum. Sob o enquadramento do G20, a China promove uma atitude responsável e construtiva e coopera no sentido de responder a questões que dizem respeito às perspetivas de crescimento e governança econômica do mundo, a favor do desenvolvimento comum.
Avançar na direção oposta – a China propõe que o G20 deva aderir ao princípio da co-construção e partilha, reforço da coordenação e cooperação de macro-políticas, manutenção do sistema multilateral, promoção da liberalização e facilitação do comércio e investimento, e oposição ao protecionismo. Concomitantemente, a China está comprometida com a defesa do desenvolvimento sustentável e inclusivo, reforçando que o desenvolvimento comum é a aspiração universal das pessoas de todos os países. O G20 não pertence apenas aos seus membros, mas antes a todo o mundo. A cúpula de Hangzhou de 2016 convidou o maior número possível de países, tornando-se a cúpula com maior representatividade de países em desenvolvimento jamais realizada.
Enquanto a segunda maior economia do mundo, a China sempre defendeu a cooperação e o benefício mútuo, tendo garantido importantes contributos para a promoção do crescimento econômico global, melhorando a governança global, respondendo aos desafios de longo prazo, e desempenhando um papel construtivo entre os grandes países responsáveis. A Cúpula de Hangzhou contribuiu com novas ideias para o crescimento econômico, desenvolvimento inovador, abertura da economia global, e recuperação de dois motores de crescimento do comércio e investimento.
Durante a cúpula do G20, o Japão, país anfitrião, e a comunidade internacional aguardam a presença e o discurso do presidente Xi Jinping. O lado chinês salientou que está disponível para contribuir para um resultado positivo da cúpula de Osaka. De facto, a sequência de discursos do presidente Xi Jinping no palco internacional nos últimos anos foram consentâneos com as mudanças ocorridas no panorama internacional, e despoleraram uma resposta positiva entre a comunidade internacional. O “cunho da China” na cooperação do G20 será, assim, cada vez mais distinto.
*A autora é vice-diretora do Instituto de Estratégia Internacional do Instituto de Estudos Internacionais da China