A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) descreveu na segunda-feira o encontro no fim de semana entre Kim Jong-un e Donald Trump na zona desmilitarizada como “histórico” e “fantástico”.
Os dois líderes concordaram em “retomar e promover os diálogos produtivos em prol de um novo patamar da desnuclearização da península coreana”, segundo a Agência Central de Notícias da Coréia (KCNA).
Após um convite via Twitter do presidente dos EUA no sábado, os dois líderes encontraram-se um dia depois na zona desmilitarizada. Ambos pisaram os dois lados do paralelo 38 N, fazendo com que Trump seja o primeiro presidente americano em exercício a pisar solo norte-coreano.
“Líderes da RPDC e dos EUA com cumprimento histórico em Panmunjom”, foi um “evento fabuloso”, descreveu a KCNA, qualificando a vila como “um local que foi conhecido como símbolo da divisão”. O encontro teve lugar “por sugestão de Trump”, acrescentou.
O secretário de Estado Mike Pompeo disse aos repórteres pouco antes de sair da Coréia do Sul que um novo turno de conversações deveria acontecer “em meados de julho” e que os negociadores da RPDC seriam diplomatas do MRE.
A KCNA explica que durante um diálogo entre Trump e Kim, os dois líderes abordaram “questões de alívio das tensões da península coreana” e “assuntos de interesse mútuo que se tornaram obstáculos na resolução dessas questões”.
Kim alega que foi o seu bom relacionamento pessoal com Trump que tornou tal encontro possível com apenas um dia de pré-aviso, e disse esperar que o relacionamento com Trump continuasse produzindo resultados positivos, de acordo com a KCNA.
A decisão “forte, e corajosa” dos dois líderes levou ao encontro histórico e “criou uma confiança sem precedentes entre os dois países”, que havia estado profundamente envolvida na animosidade, referiu a KCNA.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou o encontro entre Trump e Kim e disse “apoiar os esforços contínuos entre as partes para estabelecer novas relações rumo à paz sustentável, à segurança e à desnuclearização completa da península coreana”, disse Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, em um comunicado.