Chen Wei espera melhores perspectivas para os negócios de exportação de sua empresa, uma vez que a China e os Estados Unidos concordaram recentemente em reiniciar as consultas econômicas e comerciais.
"Espero que os laços econômicos bilaterais melhorem e que os interesses das empresas e dos consumidores de ambos os países sejam melhor protegidos", disse Chen, vice-presidente da Seagull Kitchen and Bath Products Company na cidade de Guangzhou, no sul da China.
Paralelamente à cúpula do G20 em Osaka, a China e os Estados Unidos concordaram em continuar a promover um relacionamento com coordenação, cooperação e estabilidade, e reiniciar suas consultas econômicas e comerciais com base na igualdade e respeito mútuo.
Algumas exportações da Seagull estavam sujeitas a tarifas adicionais pelos EUA. "O custo adicional foi assumido pelos nossos clientes americanos após a negociação", disse ele.
As exportações da empresa para os EUA cresceram 13% em 2018, e o ritmo de crescimento tem-se mantido durante o primeiro semestre deste ano.
De acordo com a Câmara Americana de Comércio no Sul da China, entre as 240 empresas multinacionais pesquisadas, 54% das empresas norte-americanas disseram estar perdendo participação de mercado devido às tarifas adicionadas.
A Golden Sea é uma produtora de equipamentos de iluminação com sede em Guangzhou e o mercado americano é responsável por um terço da sua receita.
Lao Jiewei, secretário do conselho da empresa, disse que alguns clientes americanos exigiram um ajuste de preço e alguns até queriam cancelar seus pedidos depois que as tarifas adicionais foram impostas.
Após a negociação, o custo adicional é compartilhado pelos consumidores, pelos clientes, pelo próprio Golden Sea e pelos fornecedores, disse ele.
A empresa planeja explorar os mercados europeu e japonês. "Não podemos colocar todos os ovos na mesma cesta", disse Lao. "O que mais nos preocupa é que a disputa comercial reduza a confiança dos clientes."
Em uma conferência de imprensa realizada recentemente, o porta-voz Gao Feng, do Ministério do Comércio da China, manifestou a esperança de que a China e os EUA busquem soluções mutuamente benéficas e vantajosas para criar um ambiente de comércio e investimento estável e previsível para as empresas dos dois países e do mundo.
Harley Seyedin, presidente da Câmara de Comércio Americana no Sul da China, disse que a China é um mercado importante para o mundo. Ele espera que os dois lados resolvam a disputa via cooperação e diálogo.