Os reitores e administradores de universidades da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) manifestaram-se publicamente na terça-feira, apelando a conversações racionais e à oposição do recurso à violência.
Hong Kong experienciou semanas de protestos recentemente contra um projeto de lei, com vários ativistas invadindo o Conselho Legislativo (LegCo) a 1 de julho. Como resultado, a chefe do Executivo, Carrie Lam, declarou o projeto como “morto” na terça-feira.
Wei Shyy, o reitor da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, condenou a violência usada por alguns dos manifestantes. Wei referiu que alguns dos manifestantes agiram violentamente, mesmo sabendo das consequências de tais ações, acrescentando que deveriam ter tentado resolver as suas motivações através do diálogo.
Similarmente Teng Jin-guang, reitor da Universidade Politécnica de Hong Kong, disse ter sido duro ver os manifestantes sitiar o LegCo, tendo enfatizado que cada parte deve contribuir para a construção de um diálogo racional e pacífico para encontrar forma de gerir as divergências.
O reitor da Universidade Hang Seng de Hong Kong, Simon Ho, disse que o confronto contínuo ou a violência não podem resolver o dilema atual, apelando aos estudantes para valorizar a vida, prestarem atenção a questões de segurança e respeitarem o Estado de direito.
Zhang Xiang, nascido em Nanjing, na província chinesa de Jiangsu e atualmente reitor da Universidade de Hong Kong, disse: “Eu acredito piamente que pessoas com diferentes pontos de vista podem chegar a acordos civilizada e racionalmente. Contanto que cada parte procure o diálogo positivo, a sociedade pode suprir as suas fissuras. Eu acredito que pessoas de todos os quadrantes sociais pretendam alcançar um consenso, gerindo as divergências em prol de uma Hong Kong melhor”.