As conversações comerciais China-EUA retomarão com base na igualdade e no respeito mútuo com expectativa de que as principais preocupações de ambas as partes sejam resolvidas, afirmou o porta-voz do Ministério do Comércio chinês Gao Feng na quinta-feira.
Em uma conferência de imprensa regular, Gao afirmou que os dois países podem encontrar uma maneira de resolver os seus problemas comerciais, acomodando as preocupações uns dos outros através do diálogo.
Os principais líderes da China e dos EUA se reuniram durante a cúpula do G20 em Osaka,no mês passado. Eles concordaram em retomar as conversações comerciais, que haviam sido interrompidas por cerca de cinquenta dias. E os principais negociadores de ambas equipes falaram ao telefone na terça-feira.
Resposta da China às isenções americanas
Na terça-feira, a administração dos EUA disse que isentaria 110 produtos chineses, de equipamentos médicos a capacitores chave,de 25 por cento das tarifas que Washington anteriormente impôs sobre as importações da China, após algumas empresas dos EUA reclamarem sobre os direitos adicionais, informou Reuters.
Gao confirmou que a China também criou um mecanismo de isenção dos direitos aduaneiros, que funcionará com base nos pedidos das empresas.
"Pare de usar o poder nacional para suprimir as companhias chinesas"
O porta-voz persuadiu Washington a cumprir seus compromissos e a parar de reprimir e vetar empresas chinesas, acrescentando que algumas empresas, como Huawei, permanecem alvos da lista de controle de exportação dos EUA.
"Notamos que Huawei e outras entidades chinesas ainda estão na lista. Pedimos aos Estados Unidos que implementem sua promessa, e parem de usar errôneamente o poder nacional para suprimir as empresas chinesas", disse Gao Feng.
Investimento de empresas estrangeiras na China
Gao também refutou os relatórios dos meios de comunicação de que várias empresas financiadas por estrangeiros saíram recentemente do mercado chinês, garantindo que não houve uma retirada em larga escala do capital estrangeiro da China.
"A China não viu uma retirada em larga escala por investidores estrangeiros. A China não discriminará, nem suprimirá esses investimentos ", acrescentou Gao. A China protegerá firmemente os seus direitos legítimos no seu país e criará um ambiente empresarial estável, justo, transparente e previsível para eles."
O Ministério do Comércio apoia o desenvolvimento de empresas com financiamento estrangeiro na China e não impedirá o seu crescimento. A China promoverá ainda mais a liberalização do investimento e a facilitação num esforço para criar um clima empresarial transparente, ponderou Gao.