Beijing expressou na quinta-feira preocupação a Washington devido à passagem de navios de guerra dos EUA no estreito de Taiwan. O país urgiu também os EUA para procederem ao tratamento das questões de Taiwan de modo cauteloso e apropriado, de modo a não comprometer as relações sino-estadunidenses.
O navio USS Antietam navegou pelo estreito de Taiwan na quarta-feira e quinta-feira, de acordo com a Associated Press.
A China seguiu e monitorou a passagem do cruzador ao longo de toda a viagem, segundo Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
Hua urgiu os EUA a respeitarem o princípio de uma só China e as estipulações dos três comunicados conjuntos China-EUA.
“A questão de Taiwan é a mais importante e mais sensível nas relações sino-estadunidenses”, disse Hua.
A passagem do navio ocorre pouco depois da China ter emitido um documento alusivo à defesa nacional.
O papel branco, emitido na quarta-feira disse: “A luta contra separatistas está se tornando mais intensa”, e, “As autoridades de Taiwan, lideradas pelo Partido Democrático Progressista, insistem teimosamente na ‘independência de Taiwan’”.
A China adere aos princípios da “reunificação pacífica”, e “um país, dois sistemas”, mas não promete renunciar ao uso da força, reservando a opção de tomar todas as medidas necessárias, de acordo com o papel branco.
Teng Jianqun, director do Departamento de Estudos Americanos do Instituto da China para Estudos Internacionais, disse que a passagem do navio de guerra americano se trata e uma provocação, mas que tem uma influência limitada.
A China é “completamente capaz de lidar com tais desafios”, disse Teng, acrescentando que tal comportamento por parte dos EUA apenas reforçará o compromisso chinês de assegurar a unidade nacional.
A líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, realizou algumas paragens nos EUA este mês na sua viagem à região do caribe. A viagem surge apenas dias depois dos EUA terem anunciado que o Departamento de Estado aprovara uma venda de armas a Taiwan no valor de $2.2 bilhões.
A China urgiu os EUA a cancelarem a venda, e anunciou que iria impor sanções às empresas americanas envolvidas na transação.