A chefe do executivo de Hong Kong, Carrie Lam Cheng Yuet ngor compareceu a uma coletiva de imprensa na segunda-feira. Lam comentou que o recente caos levou a cidade “ao limiar de uma situação perigosa”, mas que o governo será resoluto em assegurar a ordem pública.
Carrie Lam advertiu na segunda-feira que os atos de disrupção estão levando “a nossa cidade, a cidade que todos amamos e muitos ajudaram a construir, ao limiar de uma situação perigosa”.
Lam, discursando durante uma coletiva de imprensa, assegurou tomar medidas resolutas para manter a lei e a ordem e restaurar a confiança na cidade. Ela disse que os protestos superaram a questão da agora arquivada lei da extradição e têm o mero propósito de desestabilizar a região administrativa especial, em deterimento das vidas e do futuro dos 7 milhões de residentes.
Os problemas de segunda-feira foram causados pelos distúrbios causados pelos manifestantes, bem como a greve geral ocorrida na cidade.
Lam disse que as ações dos manifestantes são uma provocação flagrante à soberania nacional e ao princípio “um país, dois sistemas”.
“Todos amamos Hong Kong e demos diferentes contributos para a sua estabilidade e prosperidade ao longo dos anos. Esta é a altura para nos unirmos, colocarmos de lado as diferenças, repormos a ordem, e dizermos não ao caos e à violência”, afirmou.
Levará tempo para Hong Kong restaurar o que foi feito à sua economia, ritmo de vida e à sociedade, asseverou.
O secretário financeiro Paul Chan Mo-po, em declarações aos repórteres, advertiu que a economia de Hong Kong enfrenta grande perigo devido às tensões comerciais entre a China e os EUA, ao abrandamento econômico global e a outras variáveis internacionais. Localmente, vários negócios foram afetados. O crescimento econômico foi negativo no segundo semestre, e, se as coisas permanecerem inalteradas no último trimestre, Hong Kong entrará em recessão, avisou.
Em um comunicado emitido às 19:00 de segunda-feira, Tung Chee-hwa, vice-presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, anunciou o seu apoio ao governo da região administrativa especial e à polícia pelo que considerarem ser necessário para assegurar o Estado de direito e para devolver a paz e a ordem.
Apesar de fortes crítias, os manifestantes planejam avançar com mais protestos. As manifestações de segunda-feira deixaram os transeuntes impotentes de conseguirem chegar ao trabalho durante a hora de ponta.
Ao meio dia, alterações ou suspensões haviam sido forçadas em 70 rotas de ônibus, após 15 ruas e três túneis terem sido bloqueados, segudo oficiais do departamento de transportes ao final de segunda-feira. Cerca de 100 semáforos foram vandalizados e os serviços estavam gradualmente sendo restaurados, lançando confusão e perigo para pedestres e veículos.
Alguns manifestantes colocaram trolleys e bicicletas nos carris do metro e usaram bombas de gasolina capazes de causar danos sérios e ferimentos, segundo os oficiais.