Devido aos recentes desenvolvimentos da guerra comercial com os EUA, a China suspendeu a compra de produtos agrícolas estadunidenses.
As companhias chinesas estão expandindo os canais de importação, devido à tensão das relações comerciais com os EUA, país do qual a China tinha uma grande dependência de produtos agrícolas.
A China adotou medidas para expandir os canais antes do início da guerra comercial, mas os recentes desenvolvimentos tornaram esta necessidade mais urgente, sobretudo em termos da importação de soja, disse ao Global Times um especialista de agricultura na terça-feira.
As empresas domésticas suspenderam a compra de produtos agrícolas dos EUA depois dos últimos escalarem a guerra comercial, através da imposição de novos impostos sobre as mercadorias chinesas, disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, na terça-feira.
O presidente americano Donald Trump disse no mesmo dia que iria cobrar 10 por cento dos impostos sobre US$300 bilhões adicionais de produtos chineses a partir do dia primeiro de setembro.
“A China espera que os EUA possam implementar os consensos que os dois países firmaram durante a Cúpula do G20 em Osaka, manter os seus compromissos e criar as condições necessárias para a cooperação agrícola bilateral”, disse Hua.
Bai Ming, vice-diretor do Instituto de Pesquisa de Mercado Internacional do Ministério do Comércio, afirmou que os EUA enviaram de novo um “sinal adverso” aos diálogos de Comércio entre a China e os EUA.
"A China demonstrou uma atitude ativa relativamente à compra de produtos agrícolas dos EUA, mas estes últimos também precisam de demonstrar uma atitude positiva. Tal não se verificou, se forem consideradas as recentes ameaças do aumento de tarifas. As suas ações frustraram o processo das negociações comerciais", disse Bai ao Global Times.