O conselheiro de estado chinês e ministro das relações exteriores Wang Yi, apelou na terça-feira (20) aos países vizinhos da China que adotem uma postura justa e objetiva sobre os esforços tomados pelo governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) para acabar com a violência e restaurar a ordem da cidade que sofre com protestos desde junho.

Wang fez as declarações durante uma reunião com seu homólogo japonês Taro Kono e seu homólogo sul-coreano Kang Kyung-wha, em Beijing, na terça-feira (20).

"A situação em Hong Kong tem vindo a piorar, com a interferência de potências externas", ele afirmou, ressaltando que os recentes atos violentos de alguns manifestantes radicais já foram longe demais e testaram a linha vermelha de lei, de moralidade e do princípio fundamental de " Um país, dois sistemas".

"Qualquer governo responsável não aprovaria e qualquer sociedade governada por lei não toleraria isso", ele reiterou.

Wang disse que um grupo de manifestantes que invadou o Complexo do Conselho Legislativo e feriu vários policiais anteriormente tinha quebrado o Estado de Direito, enquanto outro grupo que sitiava e espancava visitantes inocentes do continente chinês ultrapassaram os limites da moralidade na sociedade.

Além disso, acenar bandeiras estrangeiras durante o protesto, enquanto insulta o emblema nacional e a bandeira nacional da China, tem desafiado os limites da política "Um País, Dois Sistemas", disse ele.

"Os assuntos de Hong Kong são assuntos internos da China. Nunca permitiremos que forças externas interfiram", ele enfatizou.

A extrema violência levou alguns países a se preocuparem com a segurança dos estrangeiros e empresas sediadas em Hong Kong.

"Eu entendi essas preocupações", disse Wang a seus homólogos japoneses e sul-coreanos. "Eu tenho fé na capacidade do governo da RAEHK de proteger seus direitos legais de acordo com a lei."

Reiterando o apoio inabalável do governo central à executiva-chefe Carrie Lam na liderança da governança baseada em leis de Hong Kong, Wang também pediu aos países vizinhos que entendessem e apoiassem os esforços do governo de Hong Kong para acabar com a violência.