Por Beatriz Cunha
Na quarta-feira (21), o presidente brasileiro, Bolsonaro, afirmou que as recentes queimadas ocorridas na Floresta Amazônica podem ter sido provocadas por ONGs no intuito de mostrar sua insatisfação com corte de verbas.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, considera que os incêndios ocorreram devido ao calor, à baixa umidade e ao vento forte. Ele afirmou ao jornal O Globo, que a área urbana foi a mais afetada.
O ministro, em visita ao Mato Grosso, concorda em parte com o presidente Bolsonaro, avaliando o aumento da ocorrência de incêndios como intencional. Segundo ele, é visível que em alguns locais o fogo tenha sido intencional, já em outros foi incidental.
Bolsonaro, na manhã de quarta-feira (21), enfatizou que as queimadas podem ser de responsabilidade de ONGs, para mostrar o descontentamento pelo corte de verbas que recebiam anteriormente do governo.
O presidente afirmou ainda que os governadores da região Norte não tem demostrado atitude no intuito de solucionar o problema.
Salles, por outro lado, diz que todos os estados da região contaram com a ajuda de bombeiros e equipes do Ibama e do Instituto Nacional Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O ministro do Meio Ambiente afirma que não foram poupados recursos para combater os incêndios, contudo, o fato de o clima estar mais seco, mais quente e com mais vento, propicia maior propagação.
Salles defende a necessidade de monitoramento de “alta resolução” na Floresta Amazônica, pois acredita que, tendo ela área equivalente a 48 países da Europa, sua área é vasta e de difícil fiscalização.
Também na quarta-feira (21) foi lançado um edital pelo Ibama, com o intuito de contratar uma empresa privada que monitore o desmatamento da Amazônia.
De acordo com o governo federal, os sistema atualmente operados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) atendem com lentidão e insuficiência a fiscalização da floresta.
Salles acredita que “em razão do trabalho que faz” para o corte de emissões de gases estufa, o país deva receber verbas de outras fontes. O ministro afirma ainda que o Brasil segue práticas sustentáveis, inclusive relacionadas às mudanças climáticas.