MRE pede aos EUA para negociar paz com os Talibã

Fonte: Diário do Povo Online    09.09.2019 09h14

A China, o Afeganistão e o Paquistão apelaram à retirada ordeira e responsável das forças estrangeiras do Afeganistão, de modo a assegurar a transição estável da situação local, após um encontro dos ministros das Relações Exteriores dos três países em Islamabad, no sábado.

Durante algum tempo, progressos significativos foram alcançados nas negociações entre os EUA e os Talibã, com consensos atingidos na assinatura de um acordo de paz, segundo Wang Yi, conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, durante uma coletiva de imprensa conjunta após o diálogo trilateral de ministros.

Os três países pediram que os EUA e os Talibã continuassem as negociações e implementassem um acordo, disse Wang, de acordo com o website do Ministério das Relações Exteriores.

Quando inquirido sobre a posição da China sobre a situação Afegã, Wang disse que a futura disposição política do Afeganistão deve ter uma representação ampla e ser baseada na inclusividade, de modo a envolver todas as fações e grupos étnicos na vida política.

Deve aderir firmemente à luta contra o terrorismo e manter uma política externa baseada na paz e na amizade, disse.

Wang disse que a China, enquanto vizinho amistoso e amigo sincero do Afeganistão, irá firmemente permanecer do lado do povo afegão em prol da reconciliação e processo de restauração no Afeganistão.

A China, Afeganistão e Paquistão concordaram ainda que a sua cooperação deve ser potenciada pela iniciativa do Cinturão e Rota, e que estão disponíveis para incrementar a conectividade, implementação de projetos no setor socioeconômico e reforçar o intercâmbio interpessoal, disse Wang.

Foi ainda acordado que o quarto Diálogo de Ministros das Relações Exteriores China-Afeganistão-Paquistão será realizado na China no próximo ano. O mecanismo foi estabelecido em 2017 como plataforma de promoção de conversações trilaterais e cooperação.

O encontro deste ano surge em meio a tendências crescentes de unilateralismo e protecionismo no mundo, os quais ameaçam os interesses dos países em desenvolvimento.

“O diálogo é um dos esforços promovidos pela China para ajudar a aliviar tensões e evitar conflitos intensos no sul da Ásia”, disse Li Haidong, professor de estudos americanos da China Foreign Affairs University.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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