Beijing, 5 dez (Xinhua) -- A Associação Islâmica da China expressou na quinta-feira forte indignação e firme oposição à aprovação de um projeto de lei relacionado a Xinjiang pela Câmara dos Deputados dos EUA.
A chamada "Lei de Política dos Direitos Humanos Uigur 2019" aprovada pela Câmara dos Deputados dos EUA na terça-feira ignorou os fatos, caluniou e criticou sem fundamento a situação dos direitos humanos na Região Autônoma Uigur de Xinjiang da China e a política do governo chinês para Xinjiang, de acordo com um comunicado divulgado pela associação.
A liberdade de crença religiosa vem sendo garantida em Xinjiang e as boas culturas tradicionais das minorias étnicas, protegidas e continuadas desde que a Nova China foi fundada em 1949, disse a associação no comunicado.
Com uma população de mais de 25 milhões de pessoas, Xinjiang tem 56 grupos étnicos, incluindo uigur, han, cazaque, hui e mongol, com uma coexistência de diversas religiões como Islã, Budismo, Taoísmo e Cristianismo, segundo o texto.
O Islã é extensamente seguido pelas pessoas de 10 minorias étnicas, incluindo os uigures, cazaques e hui, com 24,4 mil mesquitas na região e 29 mil clérigos islâmicos como imames, lembrou o comunicado, acrescentando que diversos esforços foram feitos pelo governo regional para garantir a liberdade de crença religiosa dos muçulmanos.
Desde 1996, o governo regional organizou voos fretados para ajudar os muçulmanos locais de diferentes etnias a realizarem peregrinações e forneceu serviços de qualidade para sua saída ou entrada no país, serviços médicos e refeição.
Todos os anos durante o ramadã, o mês sagrado islâmico de jejum, os muçulmanos na região têm o direito total de escolher fazer jejum ou não, sem qualquer intervenção, e os governos locais de diferentes níveis trabalham para garantir o fornecimento de mercado para os festivais como Eid al-Fitr, o fim do ramadã, e a segurança dos eventos religiosos, disse o comunicado.
A associação islâmica regional organizou ativamente eventos para interpretar ou pregar textos religiosos do Islã, traduzir o Alcorão e outras obras religiosas islâmicas em idiomas das minorias étnicas em Xinjiang, compilar e publicar materiais de leitura de conhecimento religioso, lançar websites no idioma étnico uigur e revistas para os muçulmanos locais, e realizar aulas do Instituto Islâmico da China para os alunos de Xinjiang e o Instituto Islâmico de Xinjiang.
A associação também disse que o círculo islâmico em Xinjiang tem apoiado ativamente os esforços de desradicalização das autoridades regionais, e muitos líderes religiosos patrióticos interpretaram doutrinas islâmicas para aqueles influenciados pelo extremismo religioso.
"Nós pedimos aos Estados Unidos que respeitem os fatos e parem de usar os assuntos religiosos ou questões de direitos humanos para interferir nos assuntos internos da China e ferir o sentimento do povo chinês", disse.