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"Enquanto a pátria for boa, Macau será melhor", diz vice-presidente do Comitê Nacional da CCPPC Ho Hau Wah

Fonte: Xinhua    10.12.2019 13h41

Macau, 10 dez (Xinhua) -- O grande desenvolvimento e as mudanças de Macau nos últimos 20 anos demonstram a vitalidade do princípio de "um país, dois sistemas". Macau só alcançou essas conquistas porque integrou seu próprio desenvolvimento ao da pátria, disse Ho Hau Wah, vice-presidente do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC).

ABRAÇANDO A PROSPERIDADE ECONÔMICA JUNTAMENTE COM A PÁTRIA

Em 20 de dezembro de 1999, Ho, posicionado sob as bandeiras regional e nacional, foi empossado como o primeiro chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM). Macau retornou aos braços da pátria, inaugurando a nova era de "um país, dois sistemas" e o "as pessoas de Macau administram Macau" com um alto grau de autonomia.

"A economia de Macau não estava indo bem naquela época. Antes do retorno, uma crise financeira atingiu a Ásia. A taxa de desemprego era alta em Macau e a segurança pública também era fraca", disse Ho à Xinhua antes do 20º aniversário do retorno de Macau à pátria em 20 de dezembro.

"Fiz duas promessas: uma foi implementar a Lei Básica sem nenhuma flexibilização para tornar 'um país, dois sistemas' um sucesso em Macau; a outra foi que daria o melhor de mim para entregar uma Macau onde as pessoas pudessem viver e trabalhar em paz e satisfação", disse ele.

Vinte anos se passaram num piscar de olhos, período em que Macau chamou a atenção do mundo pelo seu vigoroso desenvolvimento. O produto interno bruto (PIB) saltou para US$ 54,6 bilhões em 2018, ante os US$ 6,1 bilhões em 1999, com a reserva fiscal e a reserva de divisas crescendo 193 e 6,2 vezes, respectivamente.

A taxa de desemprego se tornou baixa e o governo fez todo o possível para promover um forte sistema de bem-estar social, incluindo segurança pública, habitação, educação, assistência médica, treinamento de talentos, prevenção e mitigação de desastres. Os residentes de Macau estão desfrutando de um forte sentimento de felicidade e realização.

"Macau não teria alcançado essas conquistas sem o forte apoio do governo central, as suas políticas e os esforços dos residentes de Macau", afirmou Ho. "Na minha opinião, algo importante de ressaltar é que, nos últimos 20 anos, Macau combinou organicamente o seu próprio destino e desenvolvimento com os da pátria, o que não só ajudou Macau a alcançar o progresso no desenvolvimento, mas também estabeleceu uma base sólida para a região desempenhar um importante papel no desenvolvimento nacional ".

O AMOR PELA PÁTRIA E MACAU SENDO PASSADO POR GERAÇÕES

Nos últimos 20 anos, o governo da RAEM uniu todas as esferas da sociedade para entender de maneira abrangente e precisa e implementar "um país, dois sistemas", defender firmemente a autoridade da Constituição e da Lei Básica, transmitir o princípio do valor de amar a pátria e Macau, conseguindo assim um rápido desenvolvimento econômico, a melhoria contínua do bem-estar das pessoas, além da estabilidade e harmonia social, demonstrando ao mundo uma prática bem-sucedida de "um país, dois sistemas" com características de Macau.

"Depois de vivenciar um longo período de altos e baixos, Macau conquistou suas realizações de hoje. Todos os residentes de Macau sabem claramente que Macau é apoiada por uma pátria forte e por mais de 1 bilhão de compatriotas no continente chinês. Todos sentem uma gratidão pela pátria, pela qual vem crescendo o espírito patriota de toda a sociedade de Macau", afirmou Ho.

Para que "um país, dois sistemas" avance ainda mais e de forma estável em Macau, algumas experiências positivas precisam ser mantidas. A primeira é manter o valor núcleo de amar a pátria e Macau. "Os residentes de Macau de todas as idades têm uma compreensão completa e precisa da Lei Básica e da Constituição nacional, o que levou à implementação sem contratempos de 'um país, dois sistemas' com características de Macau", afirmou Ho.

A segunda é que a educação do espírito patriótico está profundamente enraizada nas escolas, sociedades juvenis e agências governamentais, ajudando a passar a tocha da tradição do patriotismo de uma geração para a outra.

A terceira é que os residentes de Macau conciliam voluntariamente seu próprio destino com o da pátria, participando ativamente da Iniciativa do Cinturão e Rota e da construção da Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau (GAB), e buscando suas próprias oportunidades de desenvolvimento dentro do plano geral de desenvolvimento nacional.

Ho Hau Wah reconhece que sempre há momentos em que as pessoas acabam descordando do governo. "Mas a confiança dos residentes de Macau no 'um país, dois sistemas' nunca foi abalada, e o amor que nutrem pela pátria nunca enfraqueceu. Isso é incrível!", disse ele.

AGARRANDO A OPORTUNIDADE DE OURO DA GAB

Com um PIB per capita entre os mais altos do mundo, Macau enfrenta um gargalo em seu desenvolvimento: a maioria dos jovens tem ensino superior, mas tem pouco espaço para mudar e para desenvolver suas carreiras. Por conta disto, abraçar a GAB e se dirigir para o vasto continente tornou-se um consenso entre a geração jovem.

"Macau é muito menos internacional em comparação com Hong Kong. No momento do retorno, decidimos que deveríamos depender completamente no continente com o princípio de 'fazer intercâmbios com as províncias distantes e integrar-se com as províncias mais próximas'. Com relação às províncias distantes, faremos mais intercâmbios e buscaremos oportunidades de cooperação. Com a vizinha província de Guangdong, avançaremos a integração sob a premissa de conformidade com as leis e regulamentos", explicou Ho.

"A GAB é uma oportunidade de ouro para o povo de Macau", pois permite que Macau faça pleno uso de suas vantagens acumuladas após o retorno e rompa seu gargalo de desenvolvimento de longa data.

A maior vantagem de Macau é o fato de ser um porto franco no âmbito de "um país, dois sistemas", que desfruta de uma política monetária independente, assim como atividades financeiras, econômicas e comerciais sob as políticas do porto franco. Portanto, é uma economia cheia de vitalidade, disse Ho, acrescentando que o governo da RAEM e todas as esferas da sociedade devem continuar a aproveitar ao máximo os benefícios do "um país, dois sistemas" e suas vantagens de acordo com as necessidades do país.

Por exemplo, Macau vem se posicionando como uma plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa. "Se Macau puder fazer bom uso deste papel singular, poderá realizar plenamente suas características e vantagens, o que ajudará a resolver muitas dificuldades no processo de diversificação adequada da economia", afirmou Ho.

Em 2009, depois de encerrar seu mandato como chefe do Executivo, Ho assumiu o cargo de vice-presidente do Comitê Nacional da CCPPC. Desde então, ele tem feito o possível para promover os intercâmbios entre Macau e as províncias do continente. "Quase todas as províncias se importam muito com o desenvolvimento de Macau e desejam cooperar com Macau. Os membros do Comitê Nacional da CPPCC provenientes de Macau realizaram muitos trabalhos específicos para abrir mais janelas para os intercâmbios de Macau com o continente", disse ele.

"Macau ainda enfrenta pressões, desafios e competições no futuro, mas estou muito otimista quanto à sua perspectiva. Após 20 anos de esforços, Macau reverteu sua situação difícil, e agora realizou uma série de conquistas e lançou sólidas fundações, o que demonstrou a forte vitalidade do 'um país, dois sistemas'", disse Ho.

"Ficando em um novo ponto histórico, temos todos os motivos para acreditar que a nossa pátria será cada vez melhor. "Enquanto a pátria for boa, o futuro de Macau será cada vez melhor", afirmou.

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