Rio de Janeiro, 17 dez (Xinhua) -- O governo brasileiro busca atrair 40 companhias aéreas estrangeiras para operar no mercado doméstico e aumentar a concorrência, algo que levaria a uma redução no preço das passagens, informaram na terça-feira fontes oficiais.
"Estamos trabalhando para que boa parte dos aviões que estão vindo para a América Latina em 2020, venham para o Brasil", disse o chefe da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Ronei Saggioro.
Após a quebra da Avianca Brasil este ano, três companhias concentram a maioria dos voos domésticos no país: a Latam, a Gol e a Azul.
Para facilitar a chegada de novas companhias, o Congresso brasileiro aprovou recentemente uma medida provisória que autoriza empresas aéreas com 100% de capital estrangeiro a operar no país, acabando com a obrigação de que o capital fosse majoritariamente nacional.
Saggioro disse que 2019 foi um ano complicado para a aviação brasileira devido à saída da Avianca Brasil do mercado, "empresa que tinha cerca de 14% do mercado doméstico e mais da metade em algumas áreas específicas".
Com a saída da Avianca Brasil, os preços das passagens nas principais rotas das empresas aéreas chegaram a aumentar até 140%.
Uma das intenções do governo é atrair as empresas de baixo custo, as chamadas "low cost". Para tal, o Congresso votou acabar com a gratuidade da bagagem, dando a possibilidade a todas as companhias de cobrar pelas mesmas.
Com isso, três companhias "low cost" já chegaram ao Brasil: a Norwegian, a Sky Airline e a Flybondi, que ligam respectivamente a Londres, Chile e Argentina. E, a partir de 27 de dezembro, a JetSmart deve passar a operar entre o Chile e a cidade de Salvador (nordeste do país).