Lisboa, 18 dez (Xinhua) -- O princípio de "um país, dois sistemas" da China proporcionou à Macau um desenvolvimento econômico e social "digno de apreço" nos últimos 20 anos, disse na terça-feira o primeiro-ministro português, António Costa.

"Valorizamos o princípio 'um país, dois sistemas'", disse Costa em uma mensagem por escrito à Agência de Notícias Lusa na ocasião do 20º aniversário do retorno de Macau à China.

O princípio "tem permitido a Macau e aos macaenses um desenvolvimento material e social digno de apreço, contribuindo para a manutenção das especificidades de Macau", disse António Costa.

O desenvolvimento econômico "tem permitido a Macau manter o seu estilo de vida e identidade próprios e uma ligação estreita ao nosso país", considerou António Costa.

António Costa também elogiou Macau por seu papel na promoção do desenvolvimento das relações Portugal-China.

"Portugal tem um posicionamento geoestratégico único e uma pertença a espaços de cooperação mais vastos que potenciam as suas parcerias", disse o primeiro-ministro em sua mensagem, acrescentando que "nessa rede complexa de relacionamentos, Macau continuará a desempenhar um papel de relevo enquanto ponte para promover as relações de amizade de longo prazo" entre Lisboa e Beijing, bem como uma "plataforma para a cooperação econômica, comercial e cultural com os países de língua portuguesa".

Macau "é um ponto de encontro entre vários mundos. Não apenas entre o Ocidente e o Oriente, a Europa e a Ásia, mas igualmente entre a China e o mundo de língua portuguesa", indicou António Costa.

Sobre o retorno de Macau à China, António Costa considera que "decorreu de forma muito construtiva e que constitui um marco histórico na consolidação da relação de amizade e de confiança" entre os dois países.

"Desde 1999, temos progredido numa relação de crescente confiança mútua, em áreas como a língua, educação, cultura, justiça, turismo, comércio e investimento", disse o primeiro-ministro.

Sexta-feira marca o 20º aniversário do retorno de Macau à pátria. Em 20 de dezembro de 1999, o governo chinês retomou a soberania sobre Macau e anunciou o estabelecimento oficial da Região Adminsitrativa Especial de Macau da República Popular da China.