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CEO da Boeing renuncia ao cargo em meio à crise do modelo 737 MAX

Fonte: Diário do Povo Online    24.12.2019 14h21

O CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, renunciou ao cargo e o atual presidente David Calhoun foi nomeado pelo Conselho de Administração como seu sucessor, segundo o fabricante de aviões dos EUA na segunda-feira.

A Boeing disse que Calhoun assumirá o cargo de novo chefe do executivo e presidente a partir de 13 de janeiro de 2020 e continuará sendo membro do Conselho.

O membro do conselho, Lawrence Kellner, se tornará presidente não executivo do Conselho, com vigência imediata, segundo a Boeing.

"Uma mudança na liderança foi necessária para restaurar a confiança na empresa, enquanto esta trabalha para reparar os relacionamentos com reguladores, clientes e todas as outras partes interessadas", afirmou a empresa.

Enquanto isso, a Boeing nomeou Niel Golightly como vice-presidente sênior de comunicações, que assumirá o cargo no 1º de janeiro de 2020.

Golightly, de 61 anos, irá reportar ao CEO interino Greg Smith inicialmente e depois ao presidente e CEO David Calhoun, a partir de 13 de janeiro", disse a Boeing.

Smith, diretor financeiro da Boeing, atuará como CEO interinodurante o período de transição, após a remodelação da liderança da empresa.

A renúncia de Muilenburg ocorreu no momento em que o gigante da aeronáutica luta para recuperar a confiança dos reguladores, clientes e do público depois de dois acidentes fatais no avião 737 MAX ter vitimado os 346 passageiros a bordo.

 

O avião comercial mais vendido da Boeing, o 737 MAX, foi suspenso globalmente em março de 2019, após os dois acidentes aéreos mortais na Indonésia, em outubro passado, e na Etiópia no início deste ano.

O retorno do voo do 737 MAX foi adiado depois que a FAA disse no início deste mês que não voltaria a certificar a aeronave para retomar o serviço até 2020, o que prejudicou a esperança da Boeing de repor a circulação daquele modelo antes do final deste ano.

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