Nova York, 25 dez (Xinhua) -- A fase 1 do acordo econômico e comercial entre a China e os Estados Unidos beneficia a economia mundial, disse um especialista do banco Standard Chartered.
"Com a fase 1 do acordo reduzindo o risco remanescente para a economia global, achamos que 2020 será um ano de crescimento suave, mas estabilizado para a economia global", disse Ding Shuang, economista-chefe do banco para a Grande China e o Norte Asiático, em uma entrevista recente à Xinhua.
Ele acrescentou que a previsão do banco para o crescimento global no próximo ano é de 3,3%, ligeiramente superior à estimativa de 3,1% do banco para 2019.
A China e os Estados Unidos concordaram sobre o texto da primeira fase do acordo econômico e comercial, com base no princípio de igualdade e respeito mútuo neste mês, que foi o mais recente progresso para as duas partes solucionarem sua disputa comercial, que durou dois anos.
Apontando três pesos estruturais de longo prazo para a economia global, nomeadamente dívida, demografia e desglobalização, Ding disse que a fase 1 do acordo econômico e comercial elevará o sentimento dos investidores nos mercados financeiros globais.
Os preços de petróleo atingiram uma alta de três meses na semana passada, devido em parte às perspectivas melhoradas de uma trégua comercial entre os Estados Unidos e a China.
As ações dos EUA registraram valorizações sólidas na semana passada em meio a sentimentos positivos, com o Dow aumentando 1,13%, o S&P 500 subindo 1,65% e o Nasdaq avançando 2,18%.
"A reação positiva do mercado sugere que o acordo é útil no aumento da confiança das empresas", disse Ding.
O acordo traz benefício tanto para os Estados Unidos quanto para a China, disse o especialista.
Para os Estados Unidos, o acordo é "essencial para a reeleição do presidente Donald Trump, pois reduz a chance de recessão e estimula o mercado acionário", enquanto para a China, o acordo melhora as perspectivas comerciais da China e reduz a necessidade de implementar estímulos de grande escala para impulsionar sua economia, disse Ding.
Ele acrescentou que o acordo também está alinhado no geral com a direção principal do aprofundamento da reforma e abertura da China, bem como com as necessidades internas de promover um desenvolvimento econômico de qualidade mais alta.
"Com base nas informações já publicadas, a China se comprometeu a melhor proteger os DPI (direitos de propriedade intelectual), o que é essencial para a China incentivar o investimento em P&D (pesquisa e desenvolvimento) e promover a inovação", disse Ding.