Zhang, que está completamente paralisado, move um copo com massa frita com seus pensamentos com a ajuda da interface cérebro-computador. (Foto fornecida ao China News Service)
A Universidade de Zhejiang anunciou na sexta-feira (17) que o primeiro implante de interface cérebro-computador da China (BCI, na sigla em inglês) foi realizado com sucesso.
Um homem chamado Zhang, 72, ficou completamente paralisado em um acidente de carro há dois anos, mas a tecnologia de interface cérebro-computador o ajudou a fazer o que não podia antes.
Depois do treinamento, ele agora pode controlar braços robóticos externos e manipuladores com seus pensamentos para apertar as mãos, carregar bebidas, comer massa frita e jogar mahjong.
A interface cérebro-computador estabelece uma nova via de comunicação e controle entre o cérebro e dispositivos externos, tais como membros artificiais, de modo que os sinais cerebrais podem controlar os dispositivos externos através da interpretação do computador se a medula espinhal e as vias neurais estiverem danificadas, mas o córtex cerebral ainda estiver funcional.
A implantação foi concluída em conjunto pela Universidade de Zhejiang e pelo segundo Hospital Afiliado da Escola de Medicina da Universidade de Zhejiang (SAHZU, na sigla em inglês).
A matriz de micro-eletrodos foi inserida diretamente no córtex motor para detectar a frequência de descarga de neurônios individuais, com sinais adquiridos devidamente estabilizados, disse Wang Yueming, um membro-chave da equipe de pesquisa.
Também provou a viabilidade de usar uma interface implantável de máquinas cerebrais em pacientes idosos, disse Wang.
Aplicações clínicas desta pesquisa se estenderão à linguagem, sensação, cognição e outra reconstrução funcional mais complexa, disse Zhang Jianmin, diretor de neurocirurgia na SAHZU.
Zhang, que está completamente paralisado, move bebidas com seus pensamentos com a ajuda da interface cérebro-computador. (Foto fornecida ao China News Service)