Algumas informações importantes sobre o novo coronavírus foram incluídas no Relatório da Missão Conjunta OMS-China sobre a Doença do Coronavírus 2019 (Covid-19)

Patógeno

O vírus insere-se na família dos coronavírus, sendo da linhagem Betacoronavírus 2b. A análise completa da sequência do seu genoma revelou que o parente mais próximo é a estirpe BatCov RaTG13 dos morcegos, semelhante ao SARS, com material genético 96% idêntico.

O COVID-19 origina de animais, mas não se sabe ainda qual. As evidências sugerem que os morcegos serão os portadores naturais. Não foi identificado, porém, o intermediário entre o morcego e o ser humano.

Acredita-se que os primeiros casos em Wuhan, na província de Hubei, tenham adquirido a infecção do animal, uma vez que foi reportado que muitos deles visitaram ou trabalhavam no mercado de marisco Huanan.

Transmissão

O novo coronavírus é transmitido através do contacto com gotículas ou superfícies expostas ao vírus. A propagação no ar não foi relatada e não se acredita que possa ser um dos principais meios de transmissão.

Nas instituições de saúde, as pessoas podem apanhar o vírus respirando gotículas contaminadas suspensas no ar.

O vírus pode ser encontrado em amostras fecais de alguns pacientes.

Sintomas

Os sintomas do COVID-19 são diversos, podendo ser nenhum ou os de uma pneumonia grave.

Com base em 55.924 casos confirmados, febre (87,9 por cento) e tosse seca (67,7 por cento) são os mais comuns. O período médio de incubação é de cinco a seis dias.

A maioria das pessoas infetadas fica moderadamente doente e consegue recuperar. Cerca de 80% tiveram doenças leves a moderadas, 13,8% graves e cerca de 6,1% críticas.

Pacientes confirmados que não apresentam sintomas foram também relatados.

Dados demográficos

A idade média dos pacientes é de 51 anos, com 77,8% dos pacientes com idades compreendidas entre 30 e 69 anos.

Aqueles com maior risco de serem profundamente afetados incluem pessoas com mais de 60 anos ou com problemas de saúde como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas e câncer.

A doença é relativamente rara em crianças.

Taxa de mortalidade

Em 20 de fevereiro, a taxa geral de mortalidade de casos confirmados em laboratório foi de cerca de 3,8%. A estatística varia de acordo com a localização (5,8% em Wuhan contra 0,7% no resto da China), e a mortalidade aumenta com a idade.

Mais homens morrem do que mulheres (4,7% contra 2,8%). Pacientes com problemas de saúde também apresentaram taxas mais altas: 13,2% para pacientes com doenças cardiovasculares, 9,2% para diabetes, 8,4% para hipertensão, 8,0% para doenças respiratórias crônicas e 7,6% para câncer.

Em configurações especiais

Foram relatados casos em entidades de saúde, prisões e outros locais fechados.

Até 20 de fevereiro, 2.055 profissionais de saúde haviam sido infetados em 476 hospitais em toda a China e 88% desses casos estavam em Hubei.