No seguimento da onda de protestos anti-racismo em várias partes do mundo, o Grupo L’Oréal anunciou no dia 27 que os seus produtos de tratamento de pele deixarão de publicitar as propriedades branqueadoras de pele de seus produtos.
A renomada marca de cosméticos disse em um comunicado: “O Grupo L’Oréal decidiu remover as palavras relacionadas com o embranquecimento de todos os produtos de cuidados com a pele”.
Um dia antes, a Unilever havia anunciado que a sua linha de cuidados de pele com propriedades análogas nos mercados indiano e bangladês será revista, prevendo que as palavras relacionadas com a cor branca sejam descontinuadas na nomenclatura dos produtos.
A Reuters noticiou que estes produtos em concreto haviam originado receitas de cerca de 500 milhões de dólares no mercado indiano no ano passado.
O caso de George Floyd, o afro-americano que morreu violentamente às mãos de um policial branco em maio, despoletou protestos anti-racismo de grande escala nos EUA e em vários países do mundo.
Perante esta situação, algumas empresas foram criticadas pela publicitação a produtos de branqueamento de pele, passando a ser alvo de condenação generalizada.
A americana Johnson & Johnson anunciou na semana passada a cessação de venda de produtos branqueadores das marcas Neutrogena e Clean & Clear nos mercados asiático e do Médio Oriente. Os produtos em questão não são comercializados nos EUA. Outras empresas americanas afirmaram estar considerando a inclusão de novos embaixadores afro-americanos na publicitação de seus produtos.