O primeiro-ministro português, António Costa, disse na segunda-feira que seu país visa buscar a unidade dentro dos países membros da União Europeia (UE) quando assumir a presidência do Conselho da UE no primeiro semestre de 2021.

Discursando na Universidade Católica, em Lisboa, Costa assinalou que "há duas visões que hoje perpassam os diferentes países da União Europeia", com alguns querendo "valores comuns" e outros com uma ideia meramente econômica.

De acordo com o premiê português, é necessário "saber se a União Europeia é uma união de valores, ou se, pelo contrário, é sobretudo um instrumento para gerar valor econômico. Esta distinção é muito importante, porque a incompreensão desta distinção levou seguramente à saída do Reino Unido."

"Temos de nos perguntar se a melhor forma é a rigidez da sua implementação, ou se devemos olhar para a União Europeia com um espírito de maior flexibilidade", admitiu o primeiro-ministro.

"Ainda em 2007, a maior ambição era a abertura das fronteiras. Mas, hoje, a abertura de fronteiras não é encarado como um momento de libertação, mas como uma ameaçada à própria segurança e identidade. Não vale a pena iludir este debate e é necessário fazê-lo para podermos avançar", insistiu o primeiro-ministro.

Um dos maiores debates atualmente na UE é como a assistência econômica para a recuperação após a pandemia será distribuída e como doses de vacinas contra a Covid-19 serão compradas e divididas.

Como o mundo está esforçando-se para controlar a pandemia, os países incluindo Alemanha, China, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos estão correndo para encontrar uma vacina.