A China espera que o desenvolvimento das relações entre os Estados Unidos e a República da Coreia seja conducente à paz, estabilidade, desenvolvimento e prosperidade regionais, em vez de prejudicar os interesses de terceiros, incluindo a China, disse nesta segunda-feira em Beijing o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian.
O oficial fez o comentário em resposta a uma declaração conjunta emitida depois de uma reunião recente entre o presidente da República da Coreia, Moon Jae-in, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na qual os dois países concordaram em fortalecer sua aliança. A declaração também mencionou as questões de Taiwan e do Mar do Sul da China.
Zhao lembrou que a questão de Taiwan é exclusivamente um assunto interno da China relacionado com sua soberania e integridade territorial e não admite nenhuma interferência externa.
"Pedimos que os países pertinentes sejam cautelosos em suas palavras e ações sobre a questão de Taiwan e não brinquem com fogo", alertou Zhao.
Em relação à questão do Mar do Sul da China, ele indicou que o fato é que todos os países desfrutam de liberdade de navegação e sobrevoo no Mar do Sul da China de acordo com o direito internacional, e que os países relevantes estão plenamente conscientes disso.
Em relação à ordem internacional, Zhao sublinhou que só existe um sistema no mundo, que é o sistema internacional com a ONU como núcleo; há apenas um conjunto de regras, que são as normas básicas que regem as relações internacionais com base na Carta da ONU.
Nenhum país tem o direito de definir a ordem internacional e muito menos de impor seus próprios padrões a outros, acrescentou ele.
O porta-voz também reiterou a oposição da China a uma camarilha exclusiva que tenha outros países como alvo, tal como a estratégia Indo-Pacífico, e o Quad, que agrupa os Estados Unidos, Japão, Índia e Austrália.