O que significa a vacinação na China exceder as 500 milhões de doses?

Fonte: Diário do Povo Online    25.05.2021 13h40

De acordo com os últimos dados divulgados pela Comissão Nacional de Saúde na tarde do dia 24, a partir de 23 de maio, um total de 51,858 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 foram administradas em toda a China. Após um novo surto epidemiológico ter surgido em Anhui e Liaoning, o ritmo de vacinação acelerou significativamente na China. Nos oito dias anteriores a 19 de maio, a China atingiu um total de 100 milhões de doses de vacinação. Depois disso, a taxa de vacinação diária superou mais de 10 milhões de doses, e a taxa de vacinação cumulativa ultrapassou as 500 milhões de doses.

O número cumulativo de doses da vacina em todo o país em 27 de março ultrapassou os 100 milhões, tendo levado 25 dias para ultrapassar os 200 milhões, em 21 de abril. Posteriormente foram necessários 16 dias para ir dos 200 milhões até mais de 300 milhões, em 7 de maio - 9 dias para quebrar as 400 milhões de doses em 16 de maio e 500 milhões de doses no dia 23, apenas 7 dias. Os dados revelam que a vacinação na China tem acelerado continuamente.

Até o momento não há uma divulgação oficial do calendário de vacinação. No entanto, em 1º de março deste ano, Zhong Nanshan, líder do grupo de especialistas de alto nível da Comissão Nacional de Saúde, disse que em junho, a taxa de vacinação da China deverá ascender a 40%. Em 22 de março, Gao Fu, diretor do Centro Chinês para o Controle e Prevenção de Doenças, disse em uma entrevista que espera que até o início de 2022, ou mesmo até o final deste ano, a China alcance 70% a 80% de taxa de vacinação - ou seja, cerca de 900 milhões a 1 bilhão de pessoas, altura em que é atingida imunidade de grupo.

De acordo com os dados monitorados pelo "Our World in Data" da Universidade de Oxford, a China ocupa o primeiro lugar no mundo em termos de volume cumulativo de vacinação, mas é inferior aos Estados Unidos, Israel, Chile e Emirados Árabes Unidos em termos de taxas de vacinação.

Há um mês atrás, em 15 de abril, Wu Zunyou, epidemiologista chefe do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças, disse em um evento público: “Devido à população numerosa da China, para obter a imunidade de grupo por meio da vacinação, o número de pessoas que precisam ser vacinadas é de 1 bilhão. É um desafio enorme”.

Zhong Nanshan disse na 20ª Conferência do Conselho de Ciência da Ásia, realizada em Guangzhou em 13 de maio, que “a taxa de vacinação da China é baixa e devemos acompanhar a situação. Tal como em outros países do mundo, vamos nos esforçar para atingir entre 70% a 80% o mais rápido possível".

Jiang Qingwu, epidemiologista e professora da Escola de Saúde Pública da Universidade de Fudan, disse em entrevista ao Global Times no dia 24 que, ao ritmo atual, a China terá uma base de trabalho e a capacidade de cumprir a meta de atingir a imunidade de grupo até o final do ano ou início do próximo ano. Jiang acredita que a China deve fazer o possível para cumprir essa meta de vacinação até o final do ano, pois o coronvírus entrará no próximo período epidemiológico no outono e no inverno, sendo que devem ser movidos esforços para completar o estabelecimento da barreira imunológica da população em dezembro. Para ela a capacidade de produção de vacinas da China não se tornará um fator limitante, sendo que a chave está na implantação nacional. “A taxa de vacinação da China aumentou. Enquanto a taxa atual for mantida, não haverá problema em atingir a meta conforme programado”, disse. 

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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