O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, convocou nesta segunda-feira seus simpatizantes a participarem de atos em favor do governo nesta terça-feira, 7 de setembro, quando se comemora o Dia da Independência do Brasil.
No meio da manhã de segunda-feira, Bolsonaro sobrevoou de helicóptero a Esplanada dos Ministérios em Brasília, local previsto para uma das manifestações, e outras regiões da capital federal.
Em declarações em sua conta no twitter, o presidente afirmou que a população brasileira tem o direito de sair às ruas para se manifestar, assim como os membros do Poder Executivo que não estiverem de serviço.
"A independência está associada à liberdade. Portanto, também nos âmbitos dos pontos XV e XVI, do art. 5 de nossa CF (Constituição Federal), a população brasileira tem o direito, se o desejar, de sair às ruas e participar nesta nossa data magna, em paz e harmonia", escreveu.
"O mesmo acontece com todos os membros do Poder Executivo Federal que não estiverem de serviço. Que a liberdade individual seja a máxima neste evento notável de nossa soberania", afirmou.
Em meio a uma relação tensa com a Suprema Corte, o presidente brasileiro buscará realizar uma demonstração de força política.
Na terça-feira, Bolsonaro participará pela manhã da manifestação de seus apoiadores concentrados na Esplanada dos Ministérios, onde pronunciará um discurso.
Na parte da tarde, Bolsonaro deve viajar a São Paulo para participar pessoalmente de outra manifestação na Avenida Paulista, onde seus apoiadores da região sudeste do país se concentrarão.
No sábado passado, Bolsonaro defendeu a possibilidade de policiais militares se manifestarem em 7 de setembro, embora isso seja proibido pela legislação e reiterou que não voltará atrás em suas posições.
As forças políticas de oposição também convocaram para atos contra o governo neste 7 de setembro, reforçando o tradicional Grito dos Excluídos que se realiza todos os anos no dia da Independência desde 1995 para questionar os problemas sociais.
A preocupação das autoridades é com a segurança visto que grupos pró e contra o governo podem se cruzar nas ruas e provocar situações de conflito.