A Sinopharm está trabalhando no desenvolvimento de dois medicamentos que podem reduzir o impacto do novo coronavírus em pessoas infectadas, tendo demonstrado eficácia em pacientes com condições leves, segundo o fabricante chinês.
Os fármacos, desenvolvidos com base na imunoglobulina humana e anticorpos monoclonais, são usados "para neutralizar o vírus e reduzir a carga viral no corpo humano", afirma Zhang Yuntao, vice-presidente e cientista-chefe da China National Biotech Group (CNBG), em uma entrevista à Televisão Central da China na noite de sábado.
Os medicamentos são eficazes em pacientes com sintomas leves ou moderados, com base nos dados do uso anterior de emergência dos medicamentos e nas exigências dos protocolos clínicos atuais, disse Zhang.
Uma das duas drogas mencionadas por Zhang foi revelada pela primeira vez durante a Feira Internacional de Comércio de Serviços da China 2021, no início deste mês.
A empresa alegou que é o primeiro medicamento contra a Covid-19 do mundo baseado em imunoglobulina humana, desenvolvida a partir de plasma de pacientes de Covid-19 recuperados.
O medicamento entrará em testes clínicos e o produtor está trabalhando em estreita colaboração com parceiros internacionais. A nova droga contém um alto nível de anticorpos neutralizantes para o novo coronavírus.
Outra é baseada em um potente anticorpo monoclonal contra a variante Delta, descoberto por uma equipe de pesquisa da Sinopharm. O anticorpo monoclonal pode bloquear efetivamente a ligação do novo coronavírus à enzima de conversão da angiotensina 2. Essa enzima está ligada às membranas das células localizadas nos intestinos, rins, testículos, vesícula biliar e coração. O anticorpo pode evitar que o vírus infecte as células.
Estes desenvolvimentos demonstram que pesquisadores e fabricantes de medicamentos chineses estão entre os pioneiros na pesquisa e desenvolvimento de medicamentos contra a Covid-19, segundo fontes da indústria ao Global Times.
O plasma convalescente já havia sido incluído no plano de tratamento nacional da Covid-19, disse Zhu Jingjin, um líder sênior de ensaios clínicos do CNBG, em um comunicado publicado em 5 de setembro. O CNBG disse que seguiu rigorosos processos de triagem para o plasma doado.