O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, prometeu na segunda-feira "preparar-se para o pior", ao lidar com a variante Omicron da Covid-19 e, ao mesmo tempo, promover a recuperação econômica do país.

Em seu discurso no início de uma sessão parlamentar extraordinária, Kishida também expressou esperança por mais debates sobre a revisão constitucional e prometeu concluir uma revisão abrangente da política de segurança em cerca de um ano.

Embora a situação da Covid-19 no Japão tenha melhorado significativamente, Kishida alertou sobre "novos riscos, incluindo a profusão da variante Omicron em vários países".

"Manteremos nossa postura de cautela e prudência", disse o primeiro-ministro, acrescentando que o Japão acrescentou 10.000 leitos hospitalares para pacientes com Covid-19 desde o verão e possivelmente aprovaria o uso de um medicamento de administração oral no final deste mês.

Ele disse que os certificados digitais para pessoas que foram totalmente vacinadas contra a Covid-19 estariam prontos a serem distribuídos em 20 de dezembro pelo governo.

Referindo-se à decisão de proibir novas entradas de estrangeiros no Japão devido a preocupações com a variante Omicron, Kishida disse que está "pronto para aceitar críticas de que estou sendo muito cauteloso antes de termos uma compreensão adequada da situação."

Além disso, o primeiro-ministro prometeu apoiar as empresas e os trabalhadores afetados adversamente pelo impacto da pandemia por meio de um enorme pacote de estímulo, financiado principalmente com um recorde de 36 trilhões de ienes (US $ 319 bilhões) no orçamento suplementar fiscal de 2021, o qual deverá ser aprovado pelo parlamento durante a sessão extraordinária.

Com relação à reforma constitucional, Kishida enfatizou que os legisladores "têm a responsabilidade de considerar seriamente" se devem ou não emendar a lei suprema.

"Em um momento de mudanças rápidas, devemos desencadear um amplo debate entre o público sobre se a Constituição atual é adequada para hoje", disse.

Kishida disse que o governo aumentará "drasticamente" os incentivos fiscais para que as empresas aumentem os salários, em resposta à sua promessa de alcançar seu "novo capitalismo", que não apenas estimula o crescimento da economia japonesa, mas também redistribui riqueza para a classe média.

Para promover a tecnologia digital, ele disse que seu governo instalaria cabos subaquáticos em todo o Japão para formar uma "superestrada" para a internet de alta velocidade.

A sessão parlamentar extraordinária começou na tarde de segunda-feira e duraria até 21 de dezembro.