Os Estados Unidos realmente se preocupam apenas com regras que atendam às suas necessidades e sirvam aos seus interesses, acusou nesta terça-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.
De acordo com reportagens, o público iraniano se reuniu recentemente em eventos para homenagear Qassem Soleimani, ex-comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) do Irã, que foi morto em um ataque aéreo dos EUA há dois anos. O representante permanente do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU) condenou à época o assassinato praticado pelos EUA como um ato de terrorismo de Estado. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse que os responsáveis devem enfrentar a justiça por suas ações.
Em resposta, o porta-voz Wang Wenbin disse em uma coletiva de imprensa que o assassinato de Qassem Soleimani é outro exemplo de como os Estados Unidos têm minado arbitrariamente as normas que regem as relações internacionais com base na Carta das Nações Unidas. É também um dos crimes de guerra que o país cometeu através do abuso de força.
Os Estados Unidos podem ir tão longe quanto realizar o "assassinato direcionado" de líder militar de um Estado soberano através de meios terroristas em violação ao direito internacional e também matar centenas de milhares de civis inocentes em todo o mundo. Todos esses atos ilegais e brutais aos olhos de pessoas ao redor do mundo têm sido escondidos pelos Estados Unidos por trás da fachada da "ordem internacional baseada em regras", como afirmam, expôs Wang.
Ele ressaltou que o país norte-americano repete o mantra de "defender a ordem internacional baseada em regras", mas os fatos vêm provando repetidamente que, o que o lado estadunidense realmente se importa é apenas regras que atendam às suas necessidades e sirvam aos seus interesses.
"O que o país norte-americano está comprometido não é nada além de uma ordem que mantenha a hegemonia dos EUA e permita que se sobreponha à comunidade internacional. Mas tais regras e ordem que violam o direito internacional não serão aceitas pelos povos do Irã, do Oriente Médio e do resto do mundo", garantiu Wang.