Contando com sua parceria de longo prazo com fornecedores na China, o empresário português Lourenço Rosa forneceu ao seu país dispositivos médicos de necessidade urgente, como máscaras faciais, durante a pandemia da COVID-19.
Antes de março de 2020, Rosa importava presentes e materiais publicitários da China, que visitava com frequência, passando muitas vezes três ou quatro meses por ano durante 20 anos.
Quando o mundo fechou e o pânico se espalhou, Rosa lembrou que não perdeu tempo em entrar em contato com seus parceiros e começou a importar aparelhos médicos para ajudar hospitais, municípios e supermercados do seu país.
As pessoas sabiam que ele tinha ideia para importar do Oriente. Muitas pessoas começaram a consultar como encomendar máscaras, luvas e viseiras, disse ele à Xinhua.
Por meio de uma rede de representantes no local, Rosa se esforçou para garantir a segurança dos pedidos. No entanto, nos primeiros meses da pandemia, toda a sua cadeia logística e de transporte entrou em colapso.
Rosa disse que faltavam aviões, mesmo para as grandes transportadoras mundiais, e uma que ele contratou levaria nove semanas para entregar, ante os três dias normais.
Depois, ele decidiu fretar um avião, que foi o primeiro avião carregado de material hospitalar a chegar à Europa após o início da pandemia.
Segundo ele, o feito foi notável, pois até o aeroporto de Lisboa não estava funcionando na época - seu avião foi o único a pousar lá.
Rosa tinha que gastar cerca de 20 horas por dia para fazer seu plano funcionar. Os seus parceiros e colegas chineses ajudaram-no muito. Iam às fábricas para acompanhar a produção e depois garantir a aquisição dos materiais e o seu envio para Portugal.
A China, ressaltou Rosa, é um ótimo lugar para comprar, porque pode obter produtos de qualidade a bons preços e é muito bom trabalhar com os chineses, porque são pessoas sérias, confiáveis, que cumprem suas promessas.
A sua empresa fornece dispositivos médicos ao setor privado e ao Estado português e já negociou dezenas de milhões de euros em entregas com a administração pública desde o início da pandemia.
Contando com os incentivos do programa de desenvolvimento empresarial 2020 do seu país, Rosa também fundou uma fábrica de máscaras faciais em Lisboa e planeja lançar uma fábrica de luvas em 2023, tudo em cooperação com os seus parceiros chineses.