A China se opõe firmemente a sanções unilaterais que não têm base no direito internacional e continuará a conduzir a cooperação comercial normal com a Rússia, incluindo o comércio de petróleo e gás, garantiu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês nesta quarta-feira.
Zhao Lijian deu as declarações em uma coletiva de imprensa diária após a proibição dos EUA ao petróleo russo e outras importações de energia anunciada na terça-feira.
De acordo com a mídia, o Reino Unido no mesmo dia anunciou que eliminará gradualmente as importações de petróleo russo até o final do ano e a União Europeia elaborou uma proposta para se libertar de sua dependência dos combustíveis fósseis russos antes de 2030.
Em resposta, Zhao explicou que as sanções não trarão paz ou segurança, mas apenas causarão sérias dificuldades para as economias e os meios de subsistência das pessoas dos países relevantes.
Elas resultarão em uma situação em que vários jogadores perderão e aumentarão a divisão e o confronto, alertou ele.
A China e a Rússia mantêm uma boa cooperação no setor de energia e continuarão a conduzir a cooperação comercial normal no espírito de respeito mútuo, igualdade e benefício mútuo, disse o porta-voz.
Quando solicitado a comentar sobre as observações da secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, de que os Estados Unidos têm os meios para "tomar medidas" se a China não cumprir as sanções à Rússia, Zhao destacou que o país tomará todas as medidas necessárias para defender resolutamente os interesses legítimos de empresas e indivíduos chineses.
As sanções nunca são uma maneira fundamental e eficaz de resolver problemas e a China se opõe firmemente a qualquer forma de sanções unilaterais ou jurisdição de braço longo do lado dos EUA, exaltou ele.