Cidadãos chineses evacuados da Ucrânia chegam a um aeroporto em Lanzhou, na província de Gansu, noroeste da China, na quarta-feira. (Foto: Xinhua)
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, afirmou na quarta-feira (9) que a grande maioria dos cidadãos chineses que estavam na Ucrânia foram evacuados, incluindo mais de 100 estudantes de Sumy, uma cidade fronteiriça ucraniana com intensos combates.
"Mais uma vez, quero lembrar aos poucos cidadãos chineses que permanecem na Ucrânia que se mantenham seguros, reforcem as precauções e preparações de segurança e mantenham contato com a embaixada chinesa e o consulado-geral lá", disse Zhao, acrescentando que as autoridades diplomáticas e as missões consulares chinesas continuarão a fornecer proteção e assistência consular.
Ele também anunciou em uma coletiva de imprensa regular que, a pedido da Ucrânia, a Sociedade da Cruz Vermelha da China enviará ajuda humanitária no valor de 5 milhões de yuans (US$ 791.815) ao país, incluindo alimentos e necessidades diárias.
O primeiro lote de ajuda, com 1.000 pacotes de apoio emergencial que incluem cobertores, talheres e tochas, foi enviado de Beijing por meio de um voo na quarta-feira e será usado pela Cruz Vermelha Ucraniana para ajudar os deslocados.
Quando questionado sobre a proibição das importações de petróleo e gás da Rússia anunciada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, bem como a decisão da União Europeia de reduzir suas importações da Rússia, Zhao afirmou que a China se opõe firmemente a sanções unilaterais sem base no direito internacional.
Em vez de paz e segurança, soldar o grande bastão de sanções só causará sérias dificuldades para a economia e a subsistência dos países relevantes. "Todo o mundo sairá perdendo com esse cenário, e as sanções só intensificarão a divisão e o confronto", avaliou ele.
Zhao observou que a China e a Rússia têm mantido sua sólida cooperação energética e os dois lados continuarão a conduzir a cooperação comercial normal, inclusive em petróleo e gás, no espírito de respeito mútuo, igualdade e benefício mútuo.
Zhao expressou também firme oposição a qualquer forma de sanções unilaterais e jurisdição de longo alcance realizada pelos EUA depois que a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que os EUA "claramente têm meios de tomar medidas" se a China não cumprir as sanções que foram impostas para serem postas em prática sobre a Rússia.
Ele alertou os EUA que devem considerar seriamente as preocupações da China ao lidar com a questão da Ucrânia e as relações EUA-Rússia, e devem se abster de minar de qualquer modo os direitos e interesses chineses.
"A China tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente os direitos e interesses legais de empresas e indivíduos chineses", enfatizou Zhao.