A Embaixada da China na Grã-Bretanha pediu na segunda-feira que o Reino Unido não interprete mal ou distorça a posição da China sobre a questão da Ucrânia, enfatizando que a postura de princípios da China sobre a questão tem sido objetiva, justa, transparente e consistente.
A mídia do Reino Unido citou o primeiro-ministro Boris Johnson dizendo que a China deveria mudar sua abordagem de "sentar em cima do muro" em relação à Ucrânia, alertando que "apoiar a Rússia é como escolher o lado errado da história na Segunda Guerra Mundial, uma batalha entre o bem e o mal".
Um porta-voz da Embaixada da China respondeu que a China não deseja a crise na Ucrânia, e sempre esteve do lado da justiça, da paz e do lado certo da história.
"A posição da China sempre foi que a soberania e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitados, os princípios e propósitos da Carta da ONU devem ser considerados, as preocupações legítimas de segurança de todos os países devem ser levadas em conta e as disputas internacionais devem ser resolvidas pacificamente".
Para resolver a crise na Ucrânia, a prioridade premente é que todas as partes apoiem conjuntamente as entidades envolvidas através do diálogo e negociação, com vista à produção de resultados que conduzam à paz, enfatizou o porta-voz.
"É fundamental cessar as hostilidades o mais rápido possível, evitar que a situação se agrave e, em particular, evitar mais vítimas civis", disse o porta-voz.
O porta-voz apelou também à rejeição da mentalidade da Guerra Fria, abstendo-se do confronto de blocos e construindo uma arquitetura de segurança verdadeiramente equilibrada, eficaz e sustentável para a região, de modo a alcançar a estabilidade de longo prazo no continente europeu.
A China tem trabalhado com todas as partes para pressionar por negociações de paz, disse o porta-voz, acrescentando que a China apresentou uma iniciativa de seis pontos sobre a situação humanitária na Ucrânia e forneceu vários lotes de ajuda humanitária ao país.
Os Estados Unidos e a OTAN também devem dialogar com a Rússia para abordar o cerne da crise na Ucrânia e aliviar as preocupações de segurança tanto da Rússia quanto da Ucrânia, enfatizou o porta-voz.
Observando que a China apoia todos os esforços que conduzam a uma solução pacífica da crise, o porta-voz expressou firme oposição à prática de jogar gasolina sobre o fogo e instigar conflitos.
"Nunca aceitaremos nenhuma coerção ou pressão externa e nos oporemos a qualquer acusação infundada contra a China", acrescentou o porta-voz.