A Conferência Anual do Fórum Boao para a Ásia (BFA) 2022, que terminou na sexta-feira, foi observada de perto por empresários e acadêmicos de todo o mundo.
Muitos deles enfatizaram a importância das discussões de Boao sobre a Ásia e a economia mundial, bem como os desafios globais, dizendo que o fórum ajuda a construir consensos e a traçar um plano para a governança global sobre o desenvolvimento sustentável.
Andrew Forrest, presidente da gigante de minério de ferro da Austrália, Fortescue Metals Group (FMG), disse que Boao constitui uma plataforma vital para fortalecer ainda mais os negócios e as relações políticas da Austrália com a Ásia, sendo também um elemento importante do envolvimento da FMG com a China e toda a Ásia.
"O sucesso da FMG e da economia australiana foi construído sobre a grande potência que é a Ásia. Agora, mais do que nunca, essas fortes relações comerciais proporcionam estabilidade econômica, à medida que trabalhamos juntos para construir novas oportunidades para o futuro", disse Forrest.
Sudheendra Kulkarni, ex-presidente do think-tank Observer Research Foundation, com sede em Mumbai, disse que buscar um terreno comum e soluções comuns para problemas globais é "a única forma de avançar".
"Infelizmente, os países ocidentais não estão compreendendo a importância da cooperação global, usam pretextos... tentam construir obstáculos no caminho para a globalização e a cooperação global", disse ele, acrescentando que para promover o crescimento, o mundo deve acelerar a globalização em vez de a conter.
"O protecionismo e unilateralismo são forças negativas que minam as pequenas economias, impedem seu desenvolvimento e aprofundam a pobreza", disse Joseph Matthews, professor sênior da Universidade Internacional BELTEI em Phnom Penh.
Matthews acrescentou que os inúmeros esforços da China para promover o desenvolvimento econômico por meio de programas como a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) são essenciais para impulsionar a economia global e o livre comércio.
Cavince Adhere, um acadêmico de relações internacionais do Quênia, disse que a cooperação sob a BRI se tornou um caminho de cooperação, saúde, recuperação e crescimento para os países incluídos na iniciativa.
No Quênia, os projetos da BRI garantiram empregos à população local, apesar das dificuldades econômicas causadas pela pandemia, acrescentou Adhere.