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Estrangeiro é um dos voluntários no combate à Covid-19

Fonte: Diário do Povo Online    09.05.2022 09h24

Amine Hammadi (esquerda) e um colega voluntário. (Foto: arquivo pessoal)

“侬好(Olá).” “侬饭吃过了阀 (Já almoçou)?” Amine Hammadi, da Argélia, cumprimenta seus vizinhos com seu não tão fluente xangainês. "Desde que me tornei voluntário da comunidade, quase todos os vizinhos que encontro no elevador me reconhecem. Eles dizem: ‘Ah! Você é o estrangeiro que se voluntaria'. Estou rapidamente me tornando uma 'celebridade'."

Hammadi, que mora em Yichuan, distrito de Putuo, se inscreveu como voluntário desde que o bloqueio começou em março. Às vezes, ele sai às 6h da manhã para o turno da manhã e entrega o posto aos voluntários do turno da noite por volta das 23h em outros dias.

“Eu me envolvi em diversas atividades de voluntariado, incluindo o transporte de suprimentos, entrega de kits de teste de antígeno, manutenção da ordem durante os testes de ácido nucleico e registro de informações. Eu vou aonde for necessário", disse ele em entrevista à ECNS.

Hammadi foi para a Universidade de Finanças e Economia de Shangai em 2008. Depois de obter seu grau de Ph.D., a escola o contratou para ensinar finanças. Shanghai o viu atravessar diferentes marcos da vida, desde estudar até trabalhar e começar sua família. Ele não se sente mais um estrangeiro em Shanghai, quando a comunidade precisou dele, ele se prontificou a participar.

"Moro na China há muitos anos e Shanghai é minha casa agora. A gratidão é uma parte essencial da cultura chinesa, e eu absorvi isso ao longo dos anos. Há muitos idosos na minha comunidade e o voluntariado é uma grande oportunidade para ajudá-los", disse ele.

Amine Hammadi distribui kits de teste de antígeno. (Foto: arquivo pessoal)

Para Hammadi, o voluntariado foi recompensador. Sempre tem algém pronto para ajudar quando há solicitação no grupo do WeChat de seu prédio. Mensagens como: "Alguém tem amido de sobra?", são respondidas calorosamente: "Sim eu tenho, vou colocar na minha porta para você, pode vir buscar".

“Todo mundo provavelmente sente que aqueles que vivem nas cidades chinesas são muito distantes, mas este tempo difícil tem provado continuamente o contrário. Posso sentir a solidariedade e o amor entre vizinhos. Todos priorizamos os idosos e as crianças; por isso, muitas vezes recebo frutas frescas dos vizinhos como presente para meu filho de dois anos", acrescentou ele.

Hammadi fala chinês fluentemente, e isso ajudou a suavizar sua experiência de voluntariado. “Fiz amigos maravilhosos, entendo melhor a cultura chinesa e sou voluntário sem obstáculos por causa da minha proficiência em chinês".

Mesmo que Hammadi tenha que trabalhar, ele ainda precisa preparar aulas, dar aulas, participar de reuniões e cuidar de seu filho; ele disse que continuaria se voluntariando independentemente. “Sou voluntário e continuarei sendo. Estou feliz por participar da lista de voluntários da comunidade".

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