O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou na segunda-feira que a pandemia de COVID-19 "está longe de acabar".
"Como eu disse ontem, a pandemia está longe de acabar. E mesmo enquanto continuamos a combatê-la, enfrentamos a tarefa de restaurar os serviços essenciais de saúde, com 90 por cento dos estados- membros relatando interrupções em um ou mais serviços essenciais de saúde", disse diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Dirigindo-se à 75ª Assembleia Mundial da Saúde, Ghebreyesus disse que a pandemia de COVID-19 mostrou o motivo de o mundo precisar da OMS.
"Precisamos de uma OMS mais forte e financiada de forma sustentável, no centro da arquitetura global de segurança sanitária", disse ele na assembleia anual.
"De maneiras pequenas e grandes, visíveis e invisíveis, tenho orgulho de dizer que esta organização está fazendo a diferença", disse ele.
A OMS ainda estava "muito atrás" de ver mais 1 bilhão de pessoas se beneficiando da cobertura universal de saúde até o próximo ano.
Antes da pandemia, a OMS estimava que apenas 270 milhões de pessoas a mais seriam cobertas até 2023, um déficit de 730 milhões de pessoas contra a meta de 1 bilhão.
"As interrupções nos serviços de saúde durante a pandemia nos fizeram retroceder e estimamos que o déficit pode chegar a 840 milhões", disse ele.
Ghebreyesus também disse que os governos devem colocar a saúde das pessoas no centro de seus planos.
"Estamos pedindo a todos os governos que coloquem a saúde de seu povo como prioridade em seus planos de desenvolvimento e crescimento", disse ele.