O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), criado pelos países do BRICS, tem políticas flexíveis voltadas para o enfrentamento dos desafios de infraestrutura e desenvolvimento pelas economias emergentes, disse o diretor-geral do Centro Regional da África do NDB, Monale Ratsoma.
"A maneira como o banco está se modelando é direcionada para resolver questões com as quais os países em desenvolvimento estão lutando", disse Ratsoma em entrevista à Xinhua no centro regional em Joanesburgo, observando que o foco do banco é ajudar na infraestrutura.
Ao contrário de outras grandes instituições financeiras, o NDB está disposto a financiar projetos do setor privado, embora tenha financiado principalmente projetos governamentais e paraestatais desde sua abertura na região em 2017, disse ele.
"Agora estamos vendo cada vez mais em nosso portfólio que projetos corporativos e projetos privados estão chegando na África do Sul", disse ele.
Ratsoma saudou o estabelecimento do NDB como um divisor de águas, porque é o primeiro desse tipo estabelecido por um grupo de economias emergentes. Através do banco estas nações poderiam moldar tudo com base nos desafios que os países enfrentam.
A instituição forneceu um empréstimo à Eskom para ajudar a concessionária nacional de energia elétrica a resolver seus problemas por meio de programas de energia renovável e redução de emissões, lembrou ele.
O NDB está explorando uma maneira de expandir sua adesão, o que lhe permitirá fazer mais em certas áreas, explicou Ratsoma, citando um projeto de água financiado pelo banco no Lesoto.
O projeto aumentará o abastecimento de água do Lesoto para o semiárido Sul da África, que depende fortemente da água transferida de seu vizinho.
"A África do Sul é um país com escassez de água, então o impacto do desenvolvimento econômico disso pode ser facilmente mensurável", acrescentou Ratsoma.