A Polícia Federal brasileira anunciou na terça-feira a prisão de Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como "Major Carvalho" e considerado um dos maiores traficantes do mundo.
Segundo a Polícia Federal, Carvalho foi detido em uma operação em colaboração com a Interpol e outras agências estrangeiras em Budapeste (Hungria).
Conhecido também como o "Pablo Escobar brasileiro", Carvalho, de 63 anos, era o líder de uma organização criminosa internacional que envia drogas de portos brasileiros (principalmente de Paranaguá, no estado sulista do Paraná e de Natal, no Rio Grande do Norte, do nordeste) para Europa, África e Ásia.
De acordo com a Polícia Federal, desde 2017 o grupo enviou pelo menos 45 toneladas de cocaína para a Europa, por um valor estimado em US$ 450 milhões.
Ex-major da Polícia Militar do estado de Mato Grosso do Sul, Carvalho viveu em uma mansão na cidade de Marbella, no sul da Espanha sob uma identidade falsa. Em 2020, chegou a ser preso pela polícia espanhola por suspeita de ter levado 1.700 quilos de cocaína para a Europa em um barco.
Na ocasião, se identificou como um empresário do Suriname chamado Paul Wouter e foi liberado após pagar uma multa. Para não ter que comparecer a um tribunal de Justiça, enviou um atestado de óbito do personagem que ele havia criado, no qual se informava que tinha morrido de COVID-19 e, desde então, estava foragido.
Não obstante, a polícia brasileira, que continuava seguindo seu rastro, alertou as agências de segurança internacionais e, finalmente, o paradeiro do "Major Carvalho" foi descoberto na Hungria, onde foi preso na terça-feira.