A falta de 12 dias para o segundo turno da eleição presidencial do Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), bateu nesta terça-feira o recorde de audiência registrado pelo presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL), ao participar de entrevista no canal Flow Podcast, no YouTube.
Em menos de duas horas de entrevista, Lula registrou 1.100.000 de visualizações simultâneas, quase o dobro do adversário, que tinha alcançado uma média de 550.000 pessoas em entrevista ao mesmo Flow, no dia 8 de agosto, antes do 1º turno.
Na entrevista, Lula voltou a enfatizar a "máquina de mentiras" de Bolsonaro, falou de seus projetos para financiar micro e pequenos empreendedores através dos bancos públicos, destacou feitos de seus mandatos anteriores (2003-2020) e fez um apelo para os eleitores que faltaram às urnas no primeiro turno votem no dia 30.
"Nós temos que convocar o povo que não votou para ir votar. Sabe por quê? Porque se você não vota, você não tem o direito de reclamar de nada", enfatizou.
Além da entrevista ao Flow, esta terça-feira de Lula foi dedicada a reuniões virtuais com membros de sua campanha, inclusive com os encarregados da divulgação pelas redes sociais e pediu a todos mais esforços para combater a desinformação.
"Não podemos apenas rebater suas notícias, temos que rebater as mensagens. Temos que colocar em cada resposta, uma proposta para que o povo saiba que sabemos o que fazer quando ganharmos as eleições", afirmou.
Desde o início do ano, a candidatura de Lula já entrou na Justiça Eleitoral com mais de 130 processos para pedir a retirada de propagandas ou fake news sobre ele ou sobre seu legado como presidente, procedentes de meios próximos ao atual presidente.
Por sua vez, Bolsonaro participou nesta terça-feira de um evento no Rio de Janeiro, onde destacou que as eleições para a Câmara dos Deputados e para o Senado em 2 de outubro, deixaram um Congresso "muito mais de centro-direita", mais alinhado com seu programa de governo.
Segundo Bolsonaro, isso significa que, caso seja reeleito, "este casamento do Executivo com o Legislativo" permitirá que sejam aprovadas "coisas do interesse de nossa pátria".